Se vivo estivesse, faria hoje 100 Anos (16/09/1921), José Flores de Jesus. Compositor e Cantor.
Cantou o samba, as favelas, a malandragem e seus amores.
Zé Kéti chegou a compor para diferentes escolas de samba, contudo, depois que chega à Portela, com o samba ‘Jequitibá’, vira um portelense apaixonado pela escola, para a qual compõe diversas músicas como ‘Portela Feliz’, que se torna uma espécie de hino.
Foram mais de 200 músicas autorais, entre os quais, os sucessos ‘A voz do morro’, ‘Diz que eu fui por aí’ e a marchinha ‘Máscara Negra’… Morreu aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos.🙏
Fonte: wikipedia.org / enciclopedia.itaucultural.org.br
Edição/Complementos: Iomar Japonês
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ADICONAIS – DIÁRIO DA MUSICA
Em 1924, foi morar em Bangu na casa do avô, o flautista e pianista de João Dionísio Santana, que costumava promover reuniões musicais em sua casa, das quais participavam nomes famosos da música popular brasileira como Pixinguinha, Cândido (Índio) das Neves, entre outros.
Filho de Josué Vale da Cruz, um marinheiro que tocava cavaquinho, cresceu ouvindo as cantorias do avô e do pai. Após a morte do avô, em 1928, mudou-se para a Rua Dona Clara.
Mudou-se para Bento Ribeiro em 1937 e, logo depois, passou a freqüentar a Portela por intermédio do compositor Armando Santos, diretor da escola. Em 1940, ingressou na Polícia Militar, onde serviu por três anos.
Em1945, entrou para o grupo de compositores da Portela – que ainda não era estruturado como “ala” – escola que mais tarde assumiu como a sua de coração.
Em 1950, afastou-se da escola por problemas em relação à autoria de algumas composições e foi para a União de Vaz Lobo (1954), só retornando à Portela no início da década de 1960.
Em 1960, abriu uma barraca de peixes na Praça Quinze, em sociedade com Luiz Paulo Nogueira, filho do senador udenista Hamilton Nogueira. Foi responsável pela revitalização do samba, na época em que surgiu a bossa nova. Zé Quietinho ou Zé Quieto eram os seus apelidos de infância.
Quieto virou Kéti porque a inicial K do nome artístico era a letra que na época era vista como de sorte, nomeava estadistas como Kennedy, Krushev e Kubitscheck. O próprio sambista divulgou a versão numa de suas falas do Show Opinião, estrelado por ele de 1964 a 1965 ao lado de Nara Leão e João do Vale.
No início dos anos 1970, separou-se da segunda mulher – com a primeira teve cinco filhos – e foi para São Paulo.
Nesta época, tinha uma firma de reforma de prédios, a Ortensur. Além disso, acumulava os cargos de funcionário público e representante de um laboratório farmacêutico.
Em 1974, criou o serviço de transportes marítimos São Gonçalo – Paquetá, através da Marketti Transportes Marítimos LTDA.
Em 1987, no início de julho, teve o primeiro derrame cerebral. Fixou residência em São Paulo, no bairro da Consolação, morando com o filho José Carlos.
Em 1995, voltou para o Rio e foi morar com uma das filhas. Continuou compondo, cantando e lançou um disco.
Em janeiro de 1999, recebeu a placa pelos 60 anos de carreira na roda de samba da Cobal do Humaitá. Em agosto, com a morte de sua ex-mulher, entrou em profunda depressão. Morreu a 14 de novembro, aos 78 anos, de falência múltipla dos órgãos.
Dados Artísticos
Em 1939, Zé Kéti foi pela primeira vez ao Café Nice, levado pelo compositor Luiz Soberano. O Nice era na época o ponto de reunião da vida artística carioca. Lá conheceu Lúcio Batista, Geraldo Pereira e Francisco Alves.
Entre 1940 e 1943, compôs sua primeira marcha carnavalesca: “Se o feio doesse“.
Em 1946, teve sua primeira composição gravada, o samba “Tio Sam no samba“, parceria com Felisberto Martins Vocalistas Tropicais na Odeon.
Em 1947, Cyro Monteiro gravou na RCA Victor.o samba “Vivo bem“, parceria com Ari Monteiro.
Em 1951, obteve seu primeiro grande sucesso com o samba “Amor passageiro“, parceria com Jorge Abdala gravado por Linda Batista na RCA victor.
No mesmo ano, seu samba “Amar é bom“, parceria com Jorge Abdala foi gravado na Todamérica pelos Garotos da Lua.
Em 1952, Os Vocalistas Tropicais gravaram seu samba “Tra-la, la, lá“, parceria com Felisberto Martins.
Em 1954, ainda trabalhando na construção civil como mestre de obras, sob as ordens do incorporador de prédio André Spitzman Jordan, construtor do célebre Edifício Chopin ao lado do Copacabana Palace, fez sucesso com “Leviana“, samba em parceria com Amado Régis gravado por Jamelão na Continental.
Em 1955, sua carreira começou a deslanchar quando seu samba “A voz do morro“, gravada por Jorge Goulart e com arranjo de Radamés Gnattali, fez enorme sucesso na trilha do filme “Rio 40 graus“, de Nelson Pereira dos Santos. Neste filme, trabalhou também como segundo assistente de câmera e ator.
Em 1956, Marlene gravou seu samba “Samba rasgado“, que fazia apologia ao samba.
No mesmo ano, Hélio Chaves lançou um disco na Mocambo com duas composições suas: “A voz do morro“, em uma de suas primeiras regravações e “Assim é o morro“.
Em 1957, a mesma Marlene gravou outro samba, “Quero sambar”, que também fazia exaltação ao samba. No mesmo ano, os sambas “Malvadeza Durão” e “Foi ela” foram incluídas no filme “Rio Zona Norte“, do diretor Nelson Pereira dos Santos.