A 16ª Promotoria de Justiça de Manaus se manifestou favorável ao pedido de prisão feito pelo delegado do 24° Distrito Integrado de Polícia (DIP), Marcelo Martins, contra o empresário Antônio Ildemar Coutinho, acusado de tentar matar a sócia e o funcionário dela durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão. A decisão do MPAM foi assinada no dia 1° de setembro pela Promotora de Justiça Márcia Cristina de Lima Oliveira e aguarda apreciação da Justiça.
“A despeito de o indiciado ter se apresentado à Autoridade Policial, ser primário e de bons antecedentes, demonstrou elevado grau de periculosidade ao disparar contra as vítimas, que apenas buscavam o cumprimento de medida judicial… Ante o exposto, este Órgão Ministerial manifesta-se em sentido favorável à decretação da prisão preventiva de Antônio Ildemar Coutinho, com amparo no art. 312 e 313, I do CPP”, destacou a promotora na decisão.
O Ministério Público do Amazonas (MPAM) decidiu pela prisão de Antônio Ildemar Coutinho tomando como base o inquérito policial feito pela equipe do 24° DIP e os depoimentos das vítimas e testemunhas.
“Além de avaliar as provas e os depoimentos, a Promotora de Justiça ainda considerou o interrogatório do próprio acusado que confessou que atirou contra as vítimas com uma alegação infundada de legítima defesa. Ficou claro no processo que não houve qualquer ameaça da parte das vítimas para o autor. A magistrada também avaliou que ele não entregou a arma utilizada no crime, caracterizando uma obstrução processual. O objetivo era atrapalhar as investigações”, destacou o advogado de defesa das vítimas, Dr. Marcelo Amil.
Em depoimento à polícia, Antônio Coutinho confessou que jogou a arma do crime no Igarapé do Franco logo após atirar contra a sócia e o funcionário dela.
O Crime
O crime ocorreu no dia 19 de julho deste ano, em frente de uma funerária na rua Major Gabriel, bairro Praça 14 de Janeiro. As vítimas haviam ido até a funerária de Antônio Ildemar Coutinho, localizada do outro lado da via onde ocorreu o crime, por volta das 17h30, para acompanhar um oficial de justiça que foi cumprir um mandado de busca e apreensão (nº 00120210315955) sobre um veículo, modelo Nissan Pathfinder SE25, alvo de disputa judicial de divisão de bens provenientes de uma sociedade entre a empresária baleada e o autor dos disparos. Ambos mantinham sociedade em uma empresa de serviços funerários. O veículo estava sendo utilizado por Antônio nos serviços da funerária, inclusive estava adesivado com a logomarca da empresa – que ele à imprensa nega ter sociedade.
A empresária foi baleada na coxa esquerda e o funcionário foi atingido no braço e no peito. As duas vítimas foram levadas para unidades de saúde distintas. O funcionário foi operado no Hospital 28 de Agosto. Já a empresária foi levada para um Hospital particular na região do Boulevard Álvaro Maia.
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