O parlamentar destacou que o Instituto possui caráter social, educacional, profissionalizante e cultural
O Instituto Mulheres Guerreiras (IMG), que foi fundado em 1º de dezembro de 1986 com o objetivo de promover o amparo social e assistência de saúde e educação para crianças, adolescentes, mulheres, adultos, idosos e famílias em situação de vulnerabilidade, tornou-se uma entidade de utilidade pública, após a Assembleia Legislativa do Amazonas (Aleam) promulgar a lei nº 5.563, de 17 de agosto de 2021, de autoria do deputado Dermilson Chagas.
O Projeto de Lei (PL) nº 361/20, que deu origem à nova lei, foi aprovado na sessão de votação na Aleam do dia 9 de junho de 2021. O deputado Dermilson Chagas destacou que o Instituto realiza um trabalho social de relevância para a sociedade e que, por essa razão, mereceu o reconhecimento de entidade de utilidade pública.
“Além de se preocupar com os aspectos educacionais e de saúde, a entidade também se preocupa com os aspectos políticos, econômicos e culturais, trabalhando a cidadania consciente e combatendo a fome a pobreza, o preconceito religioso, racial, sexual e social”, justificou o parlamentar.
Atração de recursos
O deputado Dermilson Chagas explicou que o reconhecimento da entidade como utilidade pública irá proporcionar a atração de recursos para dar continuidade e para ampliar as atividades sociais que o Instituto Mulheres Guerreiras já executa. Ele comentou que os recursos poderão vir de várias formas, a partir do título de utilidade pública.
“Poderá vir por meio de uma emenda parlamentar ou um projeto feito pelo Estado ou até pelo Município. E quem será beneficiada com isso será a coletividade, porque o que é feito aqui é um trabalho social muito importante e que beneficia diversas famílias e que diminui os problemas das pessoas. Hoje, neste período de pandemia que estamos vivendo, muita gente precisa de comer, de acompanhamento e aqui existe esse trabalho de assistência social. Então, quem ganha é o bairro, é a coletividade”, justificou Dermilson Chagas.
A diretora-executiva do IMG, Marina Trajano Feitoza, disse que o reconhecimento público é o que falta para que a entidade consiga fechar mais parcerias com órgãos públicos. “O título de utilidade pública vai abrir muitas portas para nós, porque precisamos desse reconhecimento para abrir um leque de projetos”, ressaltou Marina Feitoza, que é neta da fundadora do IMG, Itelvina Barbosa.
Voluntariado
No Instituto Mulheres Guerreiras, somente uma profissional, a assistente social, recebe salário. Todos os demais membros da equipe são voluntários e se revezam diariamente para atuar em diversas funções, principalmente na área da administração da entidade, como as voluntárias Maria Pimentel e Bárbara Araújo Brandão, que fazem parte da equipe fixa de apenas cinco pessoas. Há uma outra equipe com membros flutuantes, que participam esporadicamente.
“Na realidade, nós fazemos de tudo um pouco. Além de cuidarmos da parte administrativa, auxiliamos no apoio social, nos acompanhamentos às famílias, na distribuição de alimentos, etc.”, comentaram Maria e Bárbara.
No local, são realizadas diversas atividades, sendo que a maioria delas são voltadas para a geração de renda. Através de convênios e de professores voluntários também são oferecidos cursos, oficinas, palestras e outras atividades para incentivar o empreendedorismo na comunidade. Também há atividades desportivas e de lazer, como aulas de capoeira, atividades lúdicas, como atividades de pintura e brincadeiras de roda. Há ainda aulas de reforço escolar para crianças e adolescentes e rodas de conversas para adultos. Por meio do Programa Municipal de Escolarização do Adulto e da Pessoa Idosa (Promeapi), há aulas de alfabetização para homens e mulheres adultos e/ou idosos.
Doações
Como todas as entidades sociais, o Instituto Mulheres Guerreiras sobrevive de serviço voluntário e, sobretudo, de doações de empresas e órgãos públicos. A diretora-executiva da instituição explicou que, por meio de convênios, o IMG recebe alguns tipos de doações, dentre eles o de alimentos, que são distribuídos para as pessoas que estão desempregadas, doentes ou pessoas que possuem muitos filhos.
Marina Feitoza explicou que, desde 2012, participa do Programa de Aquisição de Alimentos (PAA) da Secretaria de Estado de Produção Rural e Sustentabilidade (Sepror), que coleta alimentos em feiras e mercados para doar para entidades sociais. O IMG também recebe doações do Mesa Brasil.
As pessoas interessadas em fazer doação em dinheiro para a entidade podem fazer depósito de qualquer quantia na conta bancária do IMG: agência 2164, conta 0201641-9. Os interessados em doar roupas, alimentos, livros e outros objetos de cunho educacional podem ligar diretamente para Marina Trajano por meio do telefone (92) 99135-8461.
Histórico
O Instituto Mulheres Guerreiras está localizado na rua Nova Olinda, nº 65, no bairro Japiim I, na zona sul de Manaus, e surgiu a partir de um grupo de nove mães da comunidade, que se reuniram com o intuito de promover melhorias sociais para os residentes do entorno. Por essa razão, o seu primeiro nome foi Clube de Mães Mulheres Guerreiras.
Em julho de 2020, a entidade passou por mudanças no seu estatuto e recebeu o atual nome. A instituição é inscrita no Conselho Municipal de Assistência Social (CMAS) desde 2015 e possui convênios com alguns órgãos das esferas estadual e municipal, que auxiliam na oferta de serviços de proteção social básica que a entidade realiza na comunidade.
Atualmente, o Instituto Mulheres Guerreiras possui um cadastro com 250 famílias inscritas. A entidade atende pessoas em situação de vulnerabilidade social, independente de raça, religião, classe social ou cultural.
FOTOS: GUILHERME GIL
LEGENDA: O deputado Dermilson Chagas é o autor da lei que tornou o Instituto Mulheres Guerreiras em entidade de utilidade pública
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO DEPUTADO DERMILSON CHAGAS: GUILHERME GIL E KELRIANE COSTA