3R Petroleum enfrenta resistência na busca por ativo da Petrobras. A Companhia é administrada pelo fundo Starboard, que comanda também a Linhas de Transmissão do Amapá
A 3R Petroleum, empresa comandada pelo fundo Starboard e que realizou IPO neste mês de dezembro, está enfrentando resistência para a compra do polo de Urucu, da Petrobras. A companhia fez uma oferta de 1,1 bilhão de dólares, o que representa a tentativa de levar um segundo ativo de peso no setor de óleo e gás no Norte do país.
Primeiro, a companhia entrou na concorrência para a aquisição do ativo Riacho da Forquilha, da Petrobras. Após meses de negociação, desistiu do empreendimento. O mesmo aconteceu com a compra do polo de Macau. Neste caso, pouco mais de um ano após a apresentação da proposta, a 3R conseguiu levantar os recursos para levar o empreendimento.
A diferença que cria um receio nos agentes de mercado agora, diferentemente das outras duas situações, está no controlador da 3R Petroleum, o fundo Starboard. É o mesmo fundo que administra a Linhas de Transmissão do Amapá, que por um problema em uma subestação deixou no escuro o estado por mais de duas semanas, em novembro. Além disso, acreditam que o ativo é grande demais para a embocadura da 3R. A companhia vale pouco menos de dois terços do que o quanto ofereceu pelo polo. Uma alavancagem deste tamanho poderia comprometer os indicadores de saúde financeira da companhia, que levantou 690 milhões no IPO.