Desde o início do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, em janeiro de 2023, até abril de 2024, o estado do Amazonas registrou a apreensão de 902 armas de fogo por órgãos federais de segurança.
Em 2023, foram apreendidas 726 armas, sendo 234 pela Secretaria Nacional de Segurança Pública (SENASP), 62 pela Polícia Federal e 35 pela Polícia Rodoviária Federal. Este número representa um aumento de aproximadamente 120% em comparação com as 331 armas apreendidas no estado em 2022.
No período de janeiro a abril de 2024, foram apreendidas 176 armas: 149 pela SENASP, 23 pela Polícia Federal e quatro pela PRF, totalizando mais de 50% das apreensões de 2022. Estes dados estão disponíveis no ComunicaBR, a plataforma de transparência ativa do Governo Federal.
Números Nacionais
Em todo o Brasil, de janeiro de 2023 a abril de 2024, 13.340 armas de fogo foram apreendidas pela PF, PRF e SENASP. Só em 2023, foram 10.935 apreensões, um aumento de 28% em relação a 2022, quando foram apreendidas 8.466 armas. Nos primeiros quatro meses de 2024, foram mais 2.405 apreensões.
Rodney Silva, diretor de Operações Integradas e de Inteligência da SENASP (DIOP/SENASP), atribui os números de 2023 e 2024 ao aumento da fiscalização e das operações da PF, PRF e das polícias estaduais.
“O foco tem sido a prevenção de crimes graves, como homicídios, crimes passionais e o crime organizado, que se aproveita do comércio ilegal de armas para fortalecer o tráfico de drogas, tráfico de armas, invasões de cidades e outros crimes violentos”, explica Silva.
ENFOC, GISE e FICCO
Programas como o Programa Nacional de Enfrentamento às Organizações Criminosas (ENFOC), que tem um aporte federal de R$ 900 milhões até 2026, e a expansão dos Grupos de Investigações Sensíveis (GISE) e das Forças Integradas de Combate ao Crime Organizado (FICCO), ligados à Polícia Federal, impactaram diretamente o número de apreensões de armas de fogo no Brasil.
Em 2023, os GISE foram expandidos para 21 estados, enquanto as FICCO operam em todo o país. O Ministério da Justiça e Segurança Pública destinou R$ 85 milhões para o funcionamento dessas unidades, especialmente para pagamento de diárias, aquisição de viaturas, materiais de apoio e equipamentos tecnológicos e de inteligência.
“O desafio da segurança pública no combate ao uso ilegal de armas de fogo passa pelo fortalecimento da inteligência de segurança pública, integração das forças de segurança e a participação da sociedade na construção de soluções alternativas para resolver conflitos”, conclui Silva.