A coordenadora do Abrigo do Coroado, Darcy Ramos de Amorim, explica que, como a professora teve que se ausentar, as mães das crianças foram escaladas para dar continuidade na programação, a fim de que elas não fiquem na ociosidade nesse período. O espaço foi inaugurado no dia 17 de outubro, para atender para atender crianças da Educação Infantil e do 1º ao 5º, no horário matutino, de segunda a sexta-feira, oferecendo aulas de Português e Educação Física.
De acordo com Darcy Amorim, os pais e responsáveis pelas crianças já foram informados sobre o calendário de matrículas na rede pública de ensino, para a efetivação das mesmas. A coordenadora disse que, no próximo ano, essas crianças vão para o ensino regular já sabendo todo o alfabeto português e tendo noções da língua portuguesa.
Quanto à sala de transição, a perspectiva é que no próximo ano o projeto seja mantido para atender às novas crianças que chegarem ao abrigo. “Hoje, quando as famílias chegam no abrigo, já sabem que tem essa escola para as crianças iniciantes, disse a coordenadora. Ela informa que se trata do cumprimento da Lei de Diretrizes e Bases da Educação (LDB), que orienta o poder público a criar formas alternativas de acesso aos diferentes níveis de ensino, independentemente da escolarização anterior.
“Já passei aos pais o calendário de matrículas, tanto da Semed como da Secretaria de Estado de Educação e Desporto, cuja data é a mesma”, informou a representante do município, ressaltando que a matrícula dos participantes da sala de transição está mais fácil, porque eles já têm o protocolo de matrícula.
Qualificação profissional – Tratando-se de um local temporário, o Abrigo do Coroado tem a missão não apenas de abrigar imigrantes venezuelanos, mas fazer com que os mesmos busquem autonomia financeira. Portanto, além da elaboração de currículos e encaminhamentos para as empresas e instituições, o local também ajuda a qualificá-los para o mercado de trabalho.
Anilexis Rojas, de 26 anos, mãe de três filhos, uma das contempladas com o curso de manicure e pedicure, já está trabalhando em um salão no bairro Ouro Verde, zona leste, onde está obtendo renda. Ela relata a dificuldade de se encontrar com o marido e os filhos num outro país, tendo que vivenciar a questão do idioma diferente, apesar de considerar a estadia no abrigo excelente.
“Estamos sendo bem tratados aqui, além disso foi bom fazer o curso e conseguir trabalhar. Tem clientes que me pedem para fazer o embelezamento das unhas em suas casas”, informou.
A venezuelana, que é enfermeira em seus país, manifestou a vontade de retornar assim que a crise amenizar. Lá tem casa própria e poderá trabalhar como
Darcy Amorim disse que a perspectiva para 2020 é incrementar mais cursos para atender a demandas dos migrantes venezuelanos. “Já fiz contato com o Sebrae-AM (Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas), o Cetam (Centro de Educação Tecnológica do Amazonas) e os próprios Centros de Convivência da Seas, para que se dê prioridade aos venezuelanos, visando capacitá-los para uma melhor inserção no mercado de trabalho”, frisou.
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Mais informações: Assessoria de Comunicação da Secretaria de Estado da Assistência Social (Seas): Tânia Brandão (99100-8440).