Tomografia e exame de urina ajudam no rastreio de cálculos renais

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Os cálculos renais, popularmente conhecidos como ‘pedra nos rins’, acometem cerca de 3% a 5% da população brasileira e costumam ser tratados apenas após o aparecimento de sintomas, que vão desde dores físicas (geralmente nas costas ou cólicas renais) até sangramento na urina. O uro-oncologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo, explica que exames laboratoriais e de imagem podem ser aliados no rastreio desse tipo de alteração, ainda no início, possibilitando um tratamento rápido e evitando a evolução de problemas derivados, tais como infecções urinárias de repetição, obstrução do canal urinário e até a perda do rim em casos mais graves.

Os cálculos urinários afetam tanto homens quanto mulheres e podem ocorrer em várias faixas etárias, sendo mais comuns ente 20 e 50 anos. Eles têm como principais causas a baixa ingestão de líquidos, dietas ricas em sódio, hereditariedade, obesidade, doenças renais e infecções de repetição no trato urinário. Também potencializam o risco de desenvolver a alteração o uso prolongado de alguns medicamentos (como diuréticos, por exemplo) e desordens intestinais.

O presidente da seccional da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU) no Amazonas, Giuseppe Figliuolo, destaca que os exames de urina, indicados para serem realizados pelo menos uma vez ao ano, durante o check-up de rotina, podem ajudar a apontar a presença de um cálculo renal.

“O exame de urina tipo 1, considerado simples, pode acusar a presença de cálculos urinários em cerca de 90% dos casos. Além dele, a ultrassonografia também é eficaz nesse sentido e faz parte da lista de exames comuns durante o check-up de rotina. Mas o exame considerado ‘padrão-ouro’ pelos urologistas é a tomografia computadorizada de abdome. Na modalidade simples, sem contraste, ela traz imagens que possibilitam a avaliação de todo o trato urinário, identifica qualquer tipo de cálculo e dá informações complementares importantes que podem ajudar na hora de definir o tratamento”, afirma Figliuolo.

Doutor em saúde pública, Giuseppe Figliuolo destaca que um diagnóstico precoce é essencial para evitar sofrimento ao paciente. “Muita gente passa anos sofrendo com dores decorrentes dos cálculos urinários, sem buscar ajuda médica para aliviar o sofrimento. Algumas chegam a ter o quadro agravado por negligenciar os sinais”, explica. O tratamento escolhido considera detalhes como o quadro clínico, a idade do paciente, o tamanho da ‘pedra’, entre outros.

*Tratamento*

“Os cálculos urinários, em sua maioria, podem ser tratados com medicamentos ou com cirurgia. Dependendo do tamanho, é possível utilizar medicações que ajudam a expelir o cálculo de forma natural. Existem modalidades cirúrgicas minimamente invasivas, como a videolaparoscopia e a utilização de laser com acesso por via endoscópica (sem cortes), que trazem vantagens a quem é submetido a esse tipo de terapia, permitindo uma recuperação mais rápida e o retorno às atividades do dia a dia em pouco tempo”, destaca o cirurgião.

De acordo com ele, as modalidades minimamente invasivas levam à alta médica mais rápida, têm menos sangramento durante e no pós-operatório e menos riscos de sequelas e intercorrências.

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