A ponte Padre Antônio Plácido de Souza, conhecida como Ponte Nova do Educandos, inaugurada há 45 anos. A interdição parcial da ponte se deu após o Ministério Publico (MP-AM) solicitar, na Justiça, que a prefeitura fizesse reparos na estrutura, visto que , desde a construção em 1975, e mesma não teria recebido a devida manutenção. É a primeira vez que recebe esse tipo de serviços preventivos e de consertos.
A interdição da Ponte Nova, em 2019, foi inicialmente parcial. Mas em janeiro deste ano foi interditada totalmente, após os primeiros serviços realizados e a desconfiança de que a estrutura da mesma estava comprometida. Desde que a população foi impedida de utilizar a estrutura, nenhum prazo foi cumprido pelos executores dos serviços. As reparações não foram feitas, os estudos estruturais não foram concluídos e a população não tem nenhuma resposta se a pergunta for : “Quando poderemos utilizar a ponte ?”
O Taxista Jefferson Monteiro de 42 anos, é um dos que questionam os serviços feitos e os que não foram feitos na ponte nova do Educandos. Para ele falta prioridade por parte do município, pois enquanto a ponte não é entregue, a vida de quem mora do outro lado da ponte foi e permanece totalmente modificada. “Se essa ponte foi criada há mais de 40 anos é porque a necessidade já existia. Imagina hoje sem esse aparelho público. Tudo é mais difícil, mas caro e quem paga não é o poder público não, somos nós”, desabafa Jefferson. “Quando procuramos informações, vemos que o valor do que fizeram é R$ % milhões e 200 mil. É um absurdo pelo que fizeram até agora”, completa.
Moradores da comunidade, interessados direto na liberação da ponte, atuam como fiscais. Com a paralisação dos pequenos reparos na ponte, eles foram ao canteiro de obras e foram informados que a paralisação dos trabalhos era por conta da pandemia da corona vírus. Mas Jefferson Monteiro, nosso personagem, afirma que ao questionar de um dos responsáveis, funcionário da construtora, ficou sabendo que o motivo da paralisação das obras é falta de pagamento. “Foi um dos responsáveis que nos passou isso. A prefeitura não honrou com os pagamentos e a empresa foi diminuindo o número de funcionários até paralisar por completo o trabalho que deveria ser entregue em seis meses.
Parados os usuários, ou antigos usuários da Ponte Nova, nunca ficaram. Moradores da comunidade, taxistas e vários comerciantes já realizaram diversas manifestações. “O tratamento é desigual. Reunimos centenas de pessoas sofridas por esse problema e não conseguimos espaço na mídia. O prefeito basta falar uma frase que vira destaque. A última vez, depois que protestamos o Artur Neto foi na ´radio e disse que a obra está em ritmo acelerado e com 80% dos trabalhos concluídos. Quanta mentira. Isso é a força do dinheiro!”, lamenta a aposentada Dona Joana.