Eu tenho, dentro de casa, uma sobrinha.
Aos 15 anos uma linda menina, admirada por todos os “gaviões” de sua idade.
Aos 18 anos, já despercebida pelos paqueradores, é cobrada diariamente pela avó e pela mãe: “te mexe”. Mas a acomodação é a dona do pedaço. Ela possui 1,52m de altura e pesa aproximadamente 85 quilos. Pela descrição pode-se imagina-la. É grande e baixa. É difícil mudar, sobretudo após os 16 anos.
O exemplo serve para muitas famílias. Elas, que têm o dever de encaminhar seus jovens, muitas vezes preferem o comodismo a levar seus pequeninos sucessores a uma aula de natação, ginástica ou qualquer outro esporte. E não falo apenas das meninas. Como disse anteriormente, “Esporte Fraco, Sociedade Doente”, a doença se apodera lentamente dos enfermos. E os pais e tios que não se dispuserem a preveni-la(obesidade), fatalmente sofrerão as consequências.
Sofrimento físico e psicológico. A dor maior não é pra mim, que sou tio ou pro primo. Certamente o maior sofrimento é do obeso, nesse caso uma mulher. Mas qual o pai ou mãe que não sofre ao ver um filho sofrendo? O pior, é que sou filho de um homem conservador, arraigado na tradição. Tradição essa que só vê saúde em descendentes cheinhos, fofinhos, gordinhos…
Na infância e adolescência, se a criança não repete a pratada, não se alimentou como devia. Meu pai, hoje setentão, cobrava e ainda cobra que os mais jovens comam mais e mais. Porem, quando os netos que eram jovens, viraram adultos, meu pai se tornou o mais fervoroso crítico: “tá muito gordo(a)”. É cultural !
Se faz necessário que os mais velhos tenham a consciência de que os mais jovens não podem crescer sem nenhuma atividade física. O período em que isso ocorria já ficou pra trás. É de suma importância que entendam a necessidade de um esforço a mais, para levar o filho para a prática esportiva, sob pena de vê-los, em pouco tempo, acima do peso e com a saúde completamente debilitada. O(a) jovem que praticou esportes é mais forte, resistente, disposto, competitivo e que tem a inteligência emocional mais evoluída. Fato !
Acreditamos que por falta de esclarecimento, muitos jovens, crianças e adolescentes, preferem ficar em casa acumulando gordura a se divertirem fisicamente, concomitantemente cuidando da saúde. E falta também o incentivo dos pais nesses casos. E se mesmo assim forem resistentes, é dever dos pais, ordenarem pela prática dos exercícios. Vemos também adultos com essa mesma preferência, mas sabemos o motivo: Eles nunca sentiram o prazer das atividades físicas.
Nesse sentido, vendo todas as oportunidades oferecidas nos centros de convivência do governo do estado e as inciativas da secretaria municipal de esportes de Manaus em propiciar momentos de lazer e atividades físicas, elogio os espaços e as oportunidades que estão sendo oferecidas às famílias.
Parafraseando o meu primo Carmelo Forero, professor de educação física que está mudando a vida de dezenas de pessoas (dispostas a mudá-las), deixo aqui o recado : “Cuide bem do seu corpo, pois você mora nele!”.