O CAMINHO SEM VOLTA DOS EXTREMOS! Wanderley Freitas

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Os verões mais quentes, os invernos mais frios! Enchentes mais duras, estiagens mais
severas! Friagens e ondas de calor repentinas, tempestades mais fortes e a vida, aos
poucos, se tornando mais frágil e incapaz de lutar contra a fúria da natureza. Aqueles
efeitos que antes eram imperceptíveis, agora se mostram cruéis, o raro vem se tornando
cada vez mais comum, justamente pela nossa incapacidade de entender, que não somos
donos do planeta. Isso mesmo, não somos donos do planeta, somos hóspedes que não
respeitam as regras do bom convívio, cuspimos todos os dias no prato que comemos,
bagunçamos a casa, não temos o cuidado necessário com o lar que nos acolheu, não
observamos os sinais para adquirir a consciência necessária e mudar de atitude.

Não vamos ser levianos, alguns tentam lutar, muitos tentam alertar, mas aqueles que
se deixem inebriar pela ganância, achando que os recursos naturais irão durar para
sempre, com a combinação perigosa daqueles que se deixam levar pela ignorância, de
que tudo sempre foi assim e não adianta fazer nada, aliada a grande massa, que se serve
de pipoca e fica assistindo tudo do sofá de casa, nos fizeram chegar ao ponto sem
retorno que nos encontramos.

Lembra da frase que diz “o céu e o inferno são aqui”, pois é, o mundo está cada vez
mais quente! Por muito tempo aproveitamos o “céu” e cometemos todos os “pecados”
possíveis e se não houver um arrependimento em massa, de cada um pela religião que
acredita, o “inferno” vai se tornar real. O mundo está cada vez mais quente, o aumento
da temperatura altera os padrões climáticos, isso não aconteceu da noite para o dia e
tem um impacto devastador para a biodiversidade do planeta. O mundo está no
caminho sem volta dos extremos, está em rota de colisão com a vida e adivinha quem
pode ser extinto? Os dinossauros? Não, a vez deles foi há milhares de anos atrás! Os
corais, ursos polares, as abelhas, as borboletas e os pinguins? Com certeza, mas
pasmem, nós também.

A questão não é de pessimismo, nem de ser o profeta do fim do mundo, é o sol que
estamos há muito tempo tapando com a peneira. Todos sabem, uma hora a conta chega
e aqueles que tem menos, sempre são os que mais sofrem, e que ninguém se iluda,
estamos todos no mesmo barco, ou seja, no mesmo planeta, não importa aonde você
esteja, o que você tenha e quem você é, será como a canção dos Engenheiros do
Hawaii, “o pop não poupa ninguém”, o pop, realmente não poupa ninguém.

A falta de alimentos, água potável, abrigo e cuidados médicos, que já afligem milhões
de pessoas em muitos países, baterá na porta de todos. Não queiram encontrar pela
frente, alguém desesperado e disposto a fazer qualquer coisa para alimentar, dar abrigo
e salvar a sua família. Hoje em dia vemos muitas atrocidades por bem menos.

Corre! Corre! Corre que o mundo está acabando? Não, não está! O mundo não acaba
e a não ser que um asteroide de dimensões gigantescas venha em nossa direção, o
mundo sobreviverá, mas nós poderemos não partilhar da mesma sorte, então está na
hora de jogar essa peneira fora, deixar o sol queimar a nossa cara, aprender com os
nossos erros e lutar pelo nosso destino.

Sabemos que o discurso é bonito e pouco inspirador, quando observamos atentamente
o cenário mundial de guerras, tanto as que passam na televisão, como aquelas que
acontecem em países subdesenvolvidos e são pouco mencionadas, além claro, das
guerras urbanas que são travadas nas nossas capitais, corroídas pelo crime organizado
e pela corrupção em todas as esferas da sociedade.

Bem, vamos continuar, sabemos que o discurso é bonito, pouco inspirador e até
utópico, no entanto, uma mobilização mundial é extremamente vital! Vamos deixar a
vaidade de lado e assumir, que sozinhos somos incapazes de fazer o que tem que ser
feito. Pelo menos, até agora, é o que podemos notar pelos índices de queimadas e
desmatamentos alarmantes no Brasil e os problemas que também ocorrem em outros
países, que são notórios e recorrentes. Conhecemos todos os atores, tanto dos
problemas, como das possíveis ações para resoluções dos mesmos, a prevenção é
ineficiente, a fiscalização e proteção, mais ainda, e onde poderíamos ser referência em
preservação, não somos.

Espere aí! Quem você pensa que é? Apenas um peão nesse jogo de xadrez da vida, um
cidadão preocupado que está vendo no seu país, os sintomas de uma doença que pode
levar a óbito o futuro das próximas gerações. Um cidadão que sabe da importância da
Amazônia para o equilíbrio do clima do nosso planeta, vendo os rios a cada ano mais
secos e cheias mais avassaladoras, a temperatura cada vez mais alta, trazendo sérias
consequências para a biodiversidade, sendo que algumas, provavelmente, ainda são
desconhecidas.

Nós somos os responsáveis por essa mudança gradual do clima. Será que ninguém se
pergunta, e se a chuva não vier? E se a chuva vier forte demais e não parar? E se o
verão se prolongar e a floresta não aguentar? Também somos responsáveis pela
preservação da nossa floresta amazônica, exigindo políticas públicas que saiam do
papel e promovam a sustentabilidade e a proteção do meio ambiente; se
conscientizando do nosso papel como cidadãos, não apenas para cobrar, mas também
para contribuir com ações que destaquem a importância da preservação e da mudança
de hábitos que temos que ter, para contribuir ativamente para a preservação e a sua
proteção.

A preservação da vida é responsabilidade de todos e só pode ser alcançada por meio
do equilíbrio, que deve começar em nós mesmos, na nossa casa, na nossa vida, no
ambiente em que vivemos e no contato com a natureza, com respeito, reverência e
devoção.

O CAMINHO SEM VOLTA DOS EXTREMOS NÃO É O ÚNICO CAMINHO!
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