Janeiro é o mês dedicado à conscientização sobre a saúde mental, um momento oportuno para cuidar do bem-estar psicológico. Durante o Janeiro Branco, é importante destacar o papel dos exercícios físicos, especialmente os de resistência, para auxiliar na redução dos sintomas de ansiedade e depressão. Para entender melhor como essas práticas podem ajudar, a educadora física da Fórmula Academia do Shopping Ponta Negra, Roberta Nascimento, destaca os benefícios desses exercícios no combate a esses problemas.
A prática de exercícios de resistência, como musculação e levantamento de peso, tem se mostrado especialmente eficaz no tratamento de transtornos mentais. Uma pesquisa da Universidade Normal de Hunan, na China, publicada na revista Frontiers in Psychiatry, apontou que esses exercícios são os mais eficazes para o alívio da ansiedade e da depressão, mostrando que a musculação resulta em melhorias significativas na saúde mental, especialmente entre jovens. Segundo o estudo, a prática regular de resistência, de três a quatro vezes por semana, com sessões de 30 a 60 minutos, proporcionou uma melhoria em 94,9% dos casos de depressão.
Para Roberta Nascimento, a chave para o sucesso desse tipo de atividade física está em sua capacidade de aumentar a produção de neurotransmissores, como as endorfinas e a serotonina, que têm efeitos comprovados na regulação do humor e na redução da ansiedade. “Além disso, o exercício físico traz benefícios como a melhoria da autoestima e da confiança, fatores essenciais para quem lida com transtornos emocionais”, explica a educadora física da Fórmula Academia.
Estruturando os treinos
Para estruturar os treinos de forma eficaz para quem está começando, Roberta recomenda, nas primeiras semanas, que inicie com exercícios mais leves e de baixo impacto, como agachamentos, flexões, remadas com elásticos e pranchas. “É importante começar com a técnica correta para evitar lesões e construir uma base sólida. O treinamento deve ser progressivo, com ênfase na regularidade e na duração adequada, que varia entre 20 e 30 minutos”, afirma.
Durante esse período de adaptação, a pessoa já pode notar uma redução nos sintomas de ansiedade, uma que, como aponta o estudo chinês, os exercícios de resistência são eficazes para diminuir a tensão física e mental. Com o tempo, treinos mais longos e intensos podem ser introduzidos, sempre monitorados por profissionais qualificados para garantir a segurança e a eficácia do processo.
Outras modalidades
Além da musculação, Roberta destaca outras modalidades de resistência que também podem ser eficazes no combate à ansiedade e à depressão. “Treinamentos como o funcional, Pilates e até yoga ajudam a trabalhar a conexão mente-corpo, fundamental para aliviar o estresse”, explica.
Ela sugere também atividades em grupo, como o Crossfit, que proporciona um ambiente motivador e com a interação social, o que pode ajudar na adesão ao exercício. “O apoio mútuo e a motivação extra nesses grupos são importantes, principalmente para quem lida com dificuldades emocionais”, afirma.
Além disso, atividades como dança e esportes com resistência, como boxe e jiu-jitsu, também se destacam por combinarem esforço físico com benefícios psicológicos, ajudando a reduzir a ansiedade e a tensão acumulada. “Essas atividades criam um espaço de superação de limites, ao mesmo tempo que ajudam na expressão emocional, sendo poderosas ferramentas de bem-estar psicológico”, complementa Roberta.
Como manter a motivação
Para quem está começando, manter a regularidade pode ser um desafio, especialmente para aqueles com sintomas de depressão. Roberta sugere que busque atividades que goste de verdade, o que facilita a continuidade. “A motivação pode ser mais desafiadora em pessoas com transtornos emocionais, por isso, é importante estabelecer metas pequenas e de fácil cumprimento, para que consiga perceber seu progresso”, orienta.
Ela ainda recomenda a introdução gradual de novos exercícios ou aumentos na intensidade, sempre respeitando os limites do corpo e evitando sobrecarga, que pode gerar frustração. “O segredo está em construir uma rotina saudável que seja gradual, prazerosa e ajustada às necessidades de cada um”, afirma.
Integração com o tratamento psicológico
Por fim, Roberta ressalta que os exercícios de resistência são uma excelente forma de auxiliar no tratamento de ansiedade e depressão, mas não devem ser vistos como uma solução isolada. “O exercício deve ser integrado a outras formas de tratamento, como terapia psicológica e, quando necessário, uso de medicação, sempre com acompanhamento profissional”, orienta. Combinando a prática regular de exercícios com o suporte adequado, é possível alcançar resultados ainda mais efetivos no tratamento de transtornos emocionais.
FOTOS: Freepik
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