Atletas indígenas do Ctara faturam três ouros no Brasileiro de Tiro com Arco
Fechando com chave de ouro a 44ª edição do Campeonato Brasileiro de Tiro com Arco, os arqueiros indígenas do Centro de Treinamento e Alto Rendimento da Amazônia (Ctara) deram um show na competição e conquistaram neste fim de semana (17 e 18/11), em Maricá (RJ), três ouros para o Amazonas. Drean Braga (Iagoara, em kambeba), Nelson Moraes (Inha, em kambeba), Gustavo Paulino (Ywytu, em karapãna) e Graziela Paulino (Iacy, em karapanã), que são os responsáveis pelas medalhas, sagraram-se campeões nas categorias Adulto Masculino, Duplas Mistas e Individual Masculino, e contaram com o apoio do Governo do Amazonas, por meio da Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel).
Realizado pela Confederação Brasileira de Tiro com Arco, a competição reuniu 155 atletas de todo o Brasil, e o Amazonas teve sua primeira conquista neste sábado (17/11), na categoria Adulto Masculino. Na ocasião, os arqueiros amazonenses venceram a disputa contra o time da casa, Arqueiros da Íris, e garantiram o mais alto lugar do pódio. As demais conquistas foram confirmadas neste domingo (18/11), com a vitória dos irmãos indígenas Gustavo e Graziela Paulino, que ganharam o primeiro lugar na categoria Duplas Mistas e, finalizando com chave de ouro a competição, mais um pódio para o Amazonas com Drean Braga, na categoria Individual.
Com dois ouros, sendo um na competição por equipes masculina e um em parceria com sua irmã, na categoria dupla mista, o arqueiro indígena Gustavo Paulino, de 21 anos, disse estar muito satisfeito com essa conquista. “Ter conseguido o resultado de dois ouros é uma sensação de dever cumprido. Treinamos duro e, no momento em que atiramos a última flecha e soltamos a respiração sabendo que conseguimos o título brasileiro, faz vermos que todo o esforço que fizemos não foi em vão. Alegria é a definição de poder levar mais esse titulo para o Amazonas”, afirmou.
Aníbal complementa, falando que, ao seu ver, a disputa mais acirrada foi na categoria por equipes masculina. “Nesta prova, atletas entram e saem da linha de tiro, então deve haver uma sincronia muito grande entre eles e isso dificulta mais a disputa, por conta da troca de posições na linha de tiro, que deve ser alternada obrigatoriamente. Mas deu tudo certo e conseguimos este ouro para o Amazonas”, concluiu.
Acompanhamento – Os arqueiros possuem estadia e fazem treinamento na Vila Olímpica de Manaus (bairro Dom Pedro, zona centro-oeste). Lá contam com acompanhamento especializado, por meio de uma equipe multidisciplinar do Ctara, que inclui fisoterapeutas, massoterapeutas, psicólogos, educadores físicos, entre outros profisisonais que auxiliam no desenvolvimento dos competidores de alto rendimento.
Arquearia indígena – O projeto Arquearia Indígena foi criado pela Fundação Amazonas Sustentável, no ano de 2013, e tinha como principal objetivo a promoção e valorização da arquearia, unido ao fortalecimento da cultura das populações indígenas. A ação é uma iniciativa feita em parceria com o Banco Bradesco, a Federação Amazonense de Tiro com Arco (Fatarco) e apoio da Confederação das Organizações e Povos Indígenas do Amazonas (Coipam), da Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (Coiab) e Governo do Amazonas, por meio da Sejel.
FOTOS: DIVULGAÇÃO/SEJEL
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Assessoria de Comunicação
Secretaria de Estado de Juventude, Esporte e Lazer (Sejel)
Lorena Furtado
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