Fundação Amazônia Sustentável (FAS), melhor Ong do Brasil, completa 14 anos de atuação

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A Fundação Amazônia Sustentável (FAS) celebra, nesta terça-feira, dia 8 de fevereiro, 14 anos de atividades em prol do desenvolvimento sustentável, da conservação ambiental e da melhoria da qualidade de vida das populações tradicionais da floresta. Com atuação em 16 Unidades de Conservação (UCs) no Amazonas, a organização atende, anualmente, mais de 41 mil pessoas em 647 comunidades do estado.

Em 2021, a FAS foi escolhida como a melhor ONG do Brasil no prêmio Melhores ONGs, o que representa um reconhecimento por suas boas práticas em quesitos como governança, transparência e financiamento. A homenagem ratificou a história da organização que, por meio de ações socioambientais inovadoras que, desde o início, têm auxiliado na conservação de 11 milhões de hectares da floresta amazônica.

“Somos uma organização que cuida das pessoas que cuidam da Amazônia. Ajudamos a manter a floresta em pé por meio da geração de renda, com foco na conservação do meio ambiente e na bioeconomia em comunidades da Amazônia. Faz parte do nosso desafio manter a floresta viva, proporcionando qualidade de vida aos seus moradores e guardiões. Completar mais um ano nessa missão, com os resultados obtidos até agora e diversas perspectivas para o futuro, é uma alegria para todos nós”, declara o superintendente-geral da FAS, Virgilio Viana.

“A FAS tem se mostrado um instrumento essencial para a conservação da floresta e a melhoria da qualidade de vida na Amazônia. Diversos indicativos demonstram isso. Por exemplo, os baixos índices de desmatamento nas áreas onde a FAS atua, menores que em outras áreas protegidas por governos estaduais e o federal. Além dos dados concretos que mostram como o trabalho da instituição contribuiu para que as comunidades saíssem da pobreza extrema, com boas chances de ultrapassar o nível da pobreza. O mais importante é que a FAS consegue fazer esse trabalho empoderando as comunidades, fazendo com que elas sejam protagonistas na solução de problemas. Cada vez mais, a FAS tem importante desempenho nas transformações que ocorrem na Amazônia”, avalia o Presidente do Conselho de Administração da FAS, Benjamin Sicsú.

A professora e líder comunitária da Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Rio Negro, Izolena Garrido, conta que o começo das ações na comunidade foi recebido com incerteza por parte da comunidade. “No início, alguns não acreditavam e achavam que seria mais uma promessa não cumprida, mas logo viram que seria diferente e se engajaram. A partir daí aconteceu a criação da associação para que a comunidade tivesse acesso aos benefícios aprovados coletivamente, como a construção da igreja e espaços de lazer, depois investimentos em educação, saúde, saneamento básico”, conta Garrido.

“Tudo isso foi, para nós, um grande aprendizado de gestão, com valorização da mão de obra local e fez com que passássemos acreditar que somos capazes de fazer e seguir com as próprias pernas”, ressalta a liderança.

Impactos

A FAS é uma organização da sociedade civil brasileira que, em parceria com instituições privadas, públicas e de base comunitária, atua pelo bem-estar de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas, associando a implementação e a disseminação de conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável. Um dos destaques é o Programa Bolsa Floresta, que beneficia 37.458 pessoas anualmente em 582 comunidades por serviços ambientais. A FAS também apoia cadeias produtivas como farinha, turismo, artesanato, entre outros. Só o manejo do pirarucu na Reserva de Desenvolvimento Sustentável (RDS) Mamirauá obteve, em 2021, um faturamento bruto de mais de R$ 423 mil para 217 famílias localizadas em 11 comunidades da UC.

Por meio do edital Floresta em Pé, a FAS repassou R$ 2,5 milhões para as organizações desenvolverem projetos de melhoria para 11 cadeias produtivas. A iniciativa beneficiou 1.547 famílias de 126 comunidades em 12 municípios do Amazonas. A FAS também investe na infraestrutura das comunidades, instalação de sistema de energia solar, investimentos em conectividade, entre outras ações.

Com os programas de educação, geração de renda, redução de emissões por desmatamento e degradação florestal, por meio do Projeto Amazonas Sustentável, a FAS beneficiou mais de 21 mil pessoas em cinco Unidades de Conservação.

Outro destaque da FAS é sua atuação em prol da saúde, por meio do Programa Saúde na Floresta (PSF). Em 2021, a FAS realizou 1057 teleatendimentos de saúde e alcançou a marca de 95 pontos de conectividade para consultas on-line em 29 municípios, 22 UCs e 16 Terras Indígenas (TIs). O programa também formou 744 profissionais de saúde como Agentes Comunitários de Saúde (ACS) e Agentes Indígenas de Saúde (AIS), além de promover 735 teleorientações e webpalestras educacionais.

Desde o início da pandemia, em 2020, a FAS coordena a Aliança Covid-Amazônia, com o apoio de mais de 130 parceiros. A iniciativa executou uma série de ações que beneficiou mais de 500 mil pessoas de 7,5 mil comunidades, aldeias e bairros da Amazônia.

“Temos vários projetos para realizar em 2022 e dar prosseguimento às ações que já realizamos. Também estamos ampliando cada vez mais nossas ações para outros estados da Amazônia. É um desafio grande, principalmente porque a Amazônia possui inúmeras peculiaridades e tem enorme importância para o mundo. Mas temos um time engajado, que não mede esforços para superar os desafios e garantir cada vez mais vitórias em defesa da floresta e de quem vive nela”, comentou Virgilio.

Sobre a FAS
Fundada em 2008 e com sede em Manaus/AM, a Fundação Amazônia Sustentável (FAS) é uma organização da sociedade civil e sem fins lucrativos que dissemina e implementa conhecimentos sobre desenvolvimento sustentável, contribuindo para a conservação da Amazônia. A instituição atua com projetos voltados para educação, empreendedorismo, turismo sustentável, inovação, saúde e outras áreas prioritárias. Por meio da valorização da floresta em pé e de sua sociobiodiversidade, a FAS desenvolve trabalhos que promovem a melhoria da qualidade de vida de comunidades ribeirinhas, indígenas e periféricas da Amazônia.

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