“O turismo comunitário indígena já vem sendo explorado em nosso estado e em outras regiões. Com o levantamento feito por nossa equipe técnica nessas comunidades, iremos contribuir na articulação das melhorias na infraestrutura, para que essa atividade volte e continue como alternativa de geração de renda para as comunidades e, é claro, seguindo o protocolo das autoridades sanitárias visando garantir a saúde dos parentes”, pontuou o diretor-presidente da FEI, Edivaldo Munduruku.
Diante do risco de novas contaminações em todo o país, o Governo do Amazonas tomou medidas protocolares para evitar o contato com comunidades ribeirinhas e indígenas, entre elas a suspensão de atividades relacionadas aos segmentos de ecoturismo, etnoturismo e turismo de pesca realizadas em ambientes naturais, o que levou a uma queda no rendimento financeiro de algumas comunidades.
As aldeias Tururukari-Uka, da etnia Kambéba, no Km 47 da AM-070, em Manacapuru, e Sahu-Apé, da etnia Sateré-Mawé, no Km 36 da rodovia, em Iranduba, são comunidades que dispõem de boa infraestrutura, como escolinhas indígenas (com aulas remotas), energia elétrica, sinal de internet, água encanada (poço artesiano) e fossa biodigestora.
O cacique Francisco Uruma, da aldeia Tururukari-Uka, avaliou a visita da equipe como positiva. “Com a visita da equipe da FEI, a nossa perspectiva é que a vida vai mudar muito daqui para a frente. Esperamos contar com esse apoio no desenvolvimento do turismo etnocomunitario”, afirmou o cacique, para quem a iniciativa deve fortalecer ainda mais a cultura indígena. “É um projeto que vai alavancar nossa economia”.
“Queremos oportunidade de mostrar o nosso trabalho. Sei que com a pandemia muita coisa deixou de ser feita. Queremos levar o nosso trabalho adiante. Hoje conseguimos nos manter através da medicina tradicional, pajelança, perfume, xarope e garrafada, é o que tem gerando renda para nós”, complementou o pajé da aldeia Sahu-Apé, Sahu Sateré.
FOTOS: Denison Alves/FEI.