‘Criou 6 filhos, nunca precisou roubar’, diz filho de mulher que levou morto a banco

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Reportagem ouviu, com exclusividade, Lucas Nunes dos Santos, filho de Érika de Souza Vieira Nunes, presa após levar um cadáver em uma cadeira de rodas para tentar sacar um empréstimo de R$ 17 mil em uma agência bancária de Bangu, na Zona Oeste do Rio.

Erika foi indiciada por tentativa de furto mediante fraude e por vilipêndio, que é o ato de menosprezar o cadáver de uma pessoa. Segundo Lucas, a mulher é inocente.

A minha mãe criou seis filhos, e ela nunca precisou roubar, nunca precisou enganar ninguém pra criar os seis filhos dela. A minha mãe encaminhou os seis filhos nessa vida, e encaminhou muito bem, nos ensinando o caminho do estudo, o caminho do que é correto”, disse.

A nossa vida é uma vida muito bem encaminhada e minha mãe sempre foi a nossa maior inspiração“, acrescentou.

Erika de Souza Viera Nunes foi presa em flagrante e, durante a semana, teve a prisão convertida em preventiva.

“Ela foi com ele ao banco porque percebeu que ele estava no seu último momento de vida, e tentou, antes da morte dele, retirar esse dinheiro. (…) Ela viu a possibilidade de fazer o saque desse dinheiro, porque era a última chance que ela tinha de tirar esse dinheiro”, disse Fábio Souza, delegado.

Histórico de problemas psiquiátricos

 

A família apresentou relatórios médicos assinados por psiquiatras que atenderam Erika pelo plano de saúde da família.

Em 2022, um médico pediu internação psiquiátrica da paciente. Disse que ela é dependente de sedativos, tem quadro de depressão, pensamentos suicidas e alucinações auditivas.

No ano passado, outro psiquiatra também pediu a internação por dependência de sedativos e hipnóticos.

No depoimento à polícia, Erika disse que percebeu que o tio parou de responder no momento que ele recebeu atendimento dos funcionários da agência bancária. A defesa entrou com um pedido de revogação da prisão preventiva, mas não há prazo para resposta.

Uma pessoa que tem problema psiquiátrico pode não entender que o tio está morto, mas, certamente, ela também não ia entender que tinha que pegar o dinheiro. A pessoa não pode ter uma consciência seletiva“, rebateu o delegado responsável pelo caso.

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