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Vaquinha do ICL para ajudar projeto social de Paraisópolis atinge 80% da meta; participe

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O fundador do Instituto Conhecimento Liberta (ICL), Eduardo Moreira, lançou, no ICL Notícias — 1ª edição desta quarta-feira (16), uma vaquinha para ajudar o projeto social “Legado”, de Paraisópolis, em São Paulo, a construir a primeira Escola de Desenvolvimento de Negócios, Tecnologia e Comunicação da comunidade. A meta da campanha é arrecadar R$ 500.000. Até as 15h53 deste sábado (19), já haviam sido arrecadados mais de R$ 159 mil, com a colaboração de 1592 pessoas — quase 80% da meta estabelecida.

A campanha busca criar uma escola dentro da favela de Paraisópolis para formar jovens e adultos para as carreiras que mais crescem no Brasil e no mundo. “Comunicação, Desenvolvimento de Negócios, Programação, Inteligência Artificial, Dados… tudo isso pode (e deve) ser acessível para quem vive nas quebradas”.

Eduardo Moreira

Projeto social “Legado”, de Paraisópolis. (Foto: Felipe Faria)

“A gente deve plantar solidariedade, coletividade e companheirismo”, disse Eduardo Moreira. Edu fez o primeiro depósito no valor de 5 mil reais.

“É um projeto que desperta o interesse de um monte de empresários da direita e da extrema direita. Existe uma economia em Paraisópolis que a galera está de olho na grana. Paraisópolis está dominada pela ideologia dos coachs, a gente não pode deixar”, destacou Eduardo Moreira.

“A gente precisa cuidar dos nossos, falar de tecnologia é trazer oportunidade para eles. Por que não uma faculdade, um polo de tecnologia, de comunicação?”, disse Renata Alves, líder comunitária do projeto social “Legado”.

A campanha foi lançada após denúncia de Eduardo Moreira, que apontou que moradores em situação de rua de vários lugares estão sendo “jogados” em Paraisópolis. “Estão despejando como lixo pessoas em situação de rua em Paraisópolis. Estão tratando Paraisópolis como depósito de lixo”, destacou Edu Moreira.

De acordo com relatos de moradores, os índices de criminalidade da comunidade cresceram exponencialmente após o despejo de pessoas em situação de rua na região, oferecendo riscos principalmente para as crianças.

“Começaram a levar para Paraisópolis um problema enorme, sobrecarregando os já precários serviços e as pessoas começaram a ter suas casas roubadas… As mães estão morrendo de medo porque as crianças estão tendo que passar por essas pessoas”, completou Edu.

“Todos os dias eu observo pessoas diferentes, que não são do território”, destacou Renata Alves, do “Legado”. A líder comunitária revelou, no ICL Notícias, que chegou a fazer uma denúncia do caso ao Ministério Público.

Renata Alves, do projeto social “Legado”.

“Como uma autoridade, um político faz uma coisa dessa?”, questionou Eduardo Moreira, durante o ICL Notícias — 1ª edição. Durante o programa, chegaram diversos relatos semelhantes de pessoas de outras regiões e cidades do Brasil.

Paraisópolis é a terceira favela mais populosa do Brasil, com 58,5 mil habitantes, segundo o IBGE. As ONGs que atuam na região acham esse número subdimensionado e estimam que haja pelo menos o dobro de moradores.

Denúncia de Edu Moreira

No programa, Eduardo Moreira denunciou a recente multiplicação de pessoas em situação de rua e usuários de drogas na região de Paraisópolis. Desde janeiro, o fluxo fora do normal chama atenção de quem vive naquele território.

Há a suspeita que eles estão sendo transportados até Paraisópolis. “As pessoas estão amanhecendo aqui. Quando a gente vai tentar fazer essa abordagem junto com a área da saúde vê que não são pessoas que vêm de lugares próximos. São pessoas que vêm de muito longe, de Osasco, do Centro”, relata Renata Alves.

Eduardo Moreira esteve em Paraisópolis

Eduardo Moreira esteve na comunidade e constatou a veracidade da denúncia. “Isso é grave. Um número de pessoas cada vez maior está sendo trazido e despejado em Paraisópolis. Pessoas em situação de rua, dependentes químicas, a maior parte delas, e que estão sendo tratadas como lixo, que está sendo recolhido e depositado aqui”, comentou Moreira.

“A população em situação de rua desse local aumentou absurdamente, sobrecarregou o já precário sistema de saúde aqui da área, o sistema de assistência social também. Aumentou a criminalidade, o que aumenta o risco para crianças”, completou.

Eduardo Moreira e Renata Alves em Paraisópolis

Um dos pontos em que há maior concentração dessas pessoas é o Córrego do Antonico, uma área que passa por intermináveis obras de reurbanização, coberta de muitos entulhos. A associação de moradores encaminhou denúncia à subprefeitura, reclamando da incidência de pequenos furtos e espalhamento de lixo nas ruas.

Quer contribuir? Clique aqui e acesse a vaquinha



Fonte: ICL Notícias

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