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Vacina contra herpes-zóster pode proteger o coração, indica estudo

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A vacina contra o herpes-zóster pode reduzir em 23% o risco de doenças cardiovasculares, como acidente vascular cerebral (AVC), insuficiência cardíaca e doença coronariana. É o que aponta um estudo sul-coreano com mais de 1,2 milhão de pessoas com 50 anos ou mais, publicado nesta terça-feira (6) no European Heart Journal.

Segundo os pesquisadores, o efeito protetor da vacina pode durar até oito anos e é mais acentuado em homens, em indivíduos com menos de 60 anos e naqueles com hábitos como tabagismo, consumo de álcool ou sedentarismo.

O herpes-zóster é causado pelo vírus varicela-zóster — o mesmo da catapora — e provoca erupções cutâneas dolorosas que podem durar de duas a quatro semanas. Estima-se que cerca de 30% da população possa desenvolver a doença ao longo da vida, especialmente pessoas idosas ou com imunidade comprometida.

“Nossa pesquisa mostra que, além de prevenir o herpes-zóster, a vacina pode também oferecer uma proteção significativa contra problemas cardíacos”, afirma o professor Dong Keon Yon, da Universidade Kyung Hee, em Seul. “Isso é importante mesmo para quem não apresenta fatores de risco cardíacos evidentes”, completa.

Vacina

Estudo sul-coreano com mais de 1,2 milhão de pessoas chegou nesta conclusão, mas os autores recomendam novos estudos para confirmar os resultados (Foto: Reprodução)

O que diz a pesquisa

Os dados foram coletados a partir de 2012 e incluíram informações sobre vacinação, saúde cardiovascular e estilo de vida dos participantes. O imunizante analisado foi uma vacina viva atenuada, que vem sendo substituída em diversos países por versões recombinantes, que não contêm o vírus vivo.

Pessoas vacinadas apresentaram risco 26% menor de eventos cardiovasculares graves, como AVC, infarto ou morte por doença cardíaca, além de 26% menos chances de desenvolver insuficiência cardíaca e 22% menos risco de doença coronariana.

A possível explicação está no próprio efeito do herpes-zóster, que pode causar inflamações, danos aos vasos sanguíneos e formação de coágulos — fatores associados ao aumento do risco cardíaco. Ao evitar a infecção, a vacina contribui indiretamente para a saúde cardiovascular.

O estudo, no entanto, é observacional e focado em uma população asiática, o que pode limitar sua aplicação a outros grupos étnicos. Os autores recomendam novos estudos para confirmar os resultados e investigar o impacto de diferentes tipos de vacina.



Fonte: ICL Notícias

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