Sede de esperança: violação do direito à água e saneamento impacta mulheres brasileiras

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Você já parou para pensar como é viver sem água potável ou saneamento básico? E quem são as pessoas mais afetadas por essa grave violação de direitos no Brasil? O estudo “Com sede de esperança: como a violação do direito à água e ao saneamento impacta a vida das mulheres brasileiras”, lançado em setembro de 2023, revela uma realidade alarmante: são as mulheres que, em grande parte, suportam o peso de sobreviver diante da privação de água e saneamento. Além disso, elas estão na linha de frente da luta diária para assegurar esses direitos fundamentais para suas famílias e comunidades.

Material reproduzido do site HABITAT.ORG

Água é um direito, saneamento é o básico!

O estudo revela que a crise de acesso à água e saneamento tem um rosto, e ele é predominantemente feminino. São as mulheres, muitas vezes invisibilizadas, que enfrentam as consequências mais severas dessa privação, assumindo não apenas as tarefas domésticas, mas também liderando lutas por suas comunidades. A elas recai o peso de manter a casa, cuidar dos filhos e idosos, e ainda buscar soluções para garantir o mínimo para a sobrevivência: água limpa.

Essas mulheres acordam todos os dias, como milhões de brasileiros, mas suas rotinas são marcadas por uma luta constante por um direito básico. Além das jornadas já conhecidas – trabalho formal, cuidados com a casa e a família – elas enfrentam uma quarta jornada: a luta coletiva pelo acesso à água e saneamento, essenciais para a dignidade e sobrevivência de suas comunidades.

A violação do direito à água e saneamento em números

Mais de 35 milhões de brasileiros ainda não têm acesso à água tratada e 100 milhões não contam com esgotamento sanitário adequado. Esses números impactam diretamente a saúde, a segurança e o desenvolvimento de comunidades inteiras, mas as mulheres, sobretudo aquelas de áreas periféricas e rurais, são as mais afetadas. Sem água e saneamento, elas enfrentam obstáculos ainda maiores para garantir o bem-estar de suas famílias, além de lidarem com uma carga física e emocional muito maior.

O estudo também revela o impacto dessa desigualdade nas comunidades negras e periféricas, onde as mulheres negras, em particular, são as mais prejudicadas pela precariedade de serviços de água e saneamento. Para elas, a luta por esses direitos é uma questão de sobrevivência, e muitas vezes uma batalha exaustiva e solitária.

Quarta jornada: a luta coletiva por água e saneamento

Além de suas múltiplas responsabilidades, essas mulheres dedicam-se a uma jornada a mais: a luta por seus territórios e pelo direito à água e saneamento. São elas que mobilizam comunidades, organizam protestos e pressionam o poder público por soluções. O estudo narra histórias dessas mulheres que, mesmo diante de adversidades, continuam batalhando pela dignidade de suas famílias e vizinhos.

Elas entendem que o acesso à água e ao saneamento não é apenas uma questão de infraestrutura, mas também de equidade, justiça social e direitos humanos. As trajetórias dessas mulheres inspiram resistência e transformação, colocando em evidência a necessidade de políticas públicas que realmente atendam às suas demandas e respeitem suas realidades.

Patriarcado hídrico: desigualdade de gênero e o impacto da crise hídrica

A falta de água e saneamento aprofunda as desigualdades de gênero. Sem esses serviços essenciais, as mulheres dedicam horas diárias à busca por água, restringindo seu acesso ao mercado de trabalho, à educação e a outras oportunidades que poderiam promover sua mobilidade social. Além disso, a ausência de saneamento adequado em escolas e locais de trabalho afeta particularmente as mulheres, que enfrentam dificuldades relacionadas à higiene menstrual em condições inadequadas, agravando ainda mais sua vulnerabilidade.

Neste sentido, o estudo expõe como essa crise afeta desproporcionalmente as mulheres e reforça a urgência de investimentos que priorizem a universalização do acesso à água e saneamento.

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O estudo está disponível para download e proporciona uma visão abrangente dos desafios enfrentados por comunidades vulnerabilizadas. Ele inclui relatos de mulheres que, além de conciliarem jornadas produtivas e reprodutivas, lutam diariamente por condições de vida dignas.

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