Há pelo menos 40 anos, o disse-me-disse sobre o fim do Parque Amazonense atormenta os moradores de um dos bairros mais tradicionais de Manaus, o Nossa Senhora das Graças (Antigo Beco do Macedo).
Alvo da cobiça imobiliária, o Parque amazonense tem com certeza muitas páginas na história da capital amazonense. É irremediavelmente um patrimônio histórico da capital do Amazonas, mas apesar do peso histórico e de ser o único espaço publico dentro do Adrianópolis para a pratica esportiva, com segurança, o Estado e o Município de Manaus , gestão após gestão, ignoram a necessidade de abraçarem essa causa.
A ultima intervenção pública no local foi com a construção de uma Companhia Interativa Militar (22ª Cicom) dentro do espaço, dentro da área útil, dentro do campo de futebol, fora do bom senso, alheio aos apelos. Mas como havia interesse, as autorizações foram concedidas com agilidade e o APÊNDICE foi irremediavelmente construído.
Em 2023, com mais uma avalanche de ameaças por parte de supostos proprietários , que querem enterrar a história e construir no lugar, condomínios verticais, mais uma vez a comunidade se movimentou. Por meio do comunitário Benedito Magela os apelos comunitários chegaram a um homem publico de bom senso, o vereador Willian Lauschner.
Quem é o dono do IMOVÉL PARQUE AMAZONENSE?
Sempre que uma iniciativa popular ganhou corpo, esbarrou na incerteza de quem é realmente o verdadeiro proprietário do Imóvel, conhecido como Parque Amazonense. Tendo sido construído no inicio do século passado para a diversão dos Ingleses que aqui prestavam serviços, o Hipódromo foi reaproveitado anos mais tarde para a adaptação do primeiro estádio de futebol do Amazonas.
No entorno do antigo Hipódromo desenvolveu-se e consolidou-se o bairro BECO DO MACEDO, que posteriormente seria rebatizado NOSSA SENHORA DAS GRAÇAS.
Mas a e a propriedade ?
Algumas famílias surgem nas rodas de conversas. Para alguns o espaço é de uma familia de políticos. Para outros o imóvel faz parte do patrimônio da Maçonaria…. etc.
Sem um dono CERTO, toda e qualquer iniciativa não prosperou.
Agora, com um requerimento tendo sido aprovado pela Câmara Municipal de Manaus, essa informação necessariamente terá que ser revelada. E de forma segura.
Oficialmente a Prefeitura de Manaus, por meio do Implurb, será obrigada a fornecer informações sobre o Imóvel. É um bom inicio ! A informação Oficial exige pesquisa e exatidão, coisa que nunca fizeram. A partir da resposta do IMPORB / PREFEITURA DE MANAUS, novas iniciativas poderão ser mais acertivas e quem sabe assim, a assombração de concreto (prédios) , desapareça.
ESPERANÇA
Apesar de sempre ser visitado por políticos, foi o Vereador de 1º mandato Willian Alemão, que decidiu abraçar a causa do PARQUE AMAZONENSE. Nesta segunda-feira, 22/04, um requerimento, solicitando oficialmente informações sobre a propriedade e situação legal da área, foi aprovado na Câmara Municipal de Manaus. Vitória que reacende a esperança de que o Parque Amazonense seja percebido pelo Poder Público não apenas como um imóvel de alto valor, mas como um Patrimônio Histórico que ainda hoje contribui significativamente com construção de uma sociedade mais sadia.
Sábio seria um executivo que assumisse a missão, que encarasse a possibilidade de DESAPROPRIAÇÃO POR INTERESSE SOCIAL, que comprasse a briga com os especuladores imobiliários e que desse prioridade a um anseio já atravessa gerações, décadas e décadas, que é o de preservação do Parque Amazonense.
REQUERIMENTO LEGISLATIVO Nº 3722/2024 – Requer ao Instituto Municipal de Planejamento Urbano – IMPLURB que
envie informações quanto ao imóvel situado entre as Ruas Belém e Libertador, Atrás da
22.ª CICOM, no Bairro Nossa Senhora das Graças, conhecido como Estádio Parque
Amazonense.
Veja abaixo mais sobre a história do Parque em matéria feita pelo G! em 2016.
Parque Amazonense: de templo do esporte manauara a campo de pelada