Profissionais das gerações Millenials e Z buscam estrutura com facilidades e baixo custo para empreender

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Em sua maioria são profissionais autônomos, iniciando a carreira ou a empresa, e não querem burocracia para realizar negócios

No primeiro quadrimestre de 2023 foram abertas mais de 1,3 milhão de empresas no Brasil, e desse total, mais de um milhão são Empresas Individuais e Microempreendedor individual (MEI). Os dados são do Boletim do 1º quadrimestre de 2023, do Mapa de Empresas do Ministério do Desenvolvimento, Indústria, Comércio e Serviços que mostra também que 51% dos mais de 12 milhões de MEIs ativos no Brasil, são de empreendedores entre 21 e 40 anos de idade, a faixa etária que mais empreende em escritórios compartilhados no Brasil. Eles fazem parte das gerações Millenials, os nascidos entre 1985 e 1999, e Z, nascidos entre 2000 e 2010, os “nativos digitais”.

Esses novos empreendedores também não querem esperar para colocar a empresa para funcionar. “Eu optei por esse modelo por ser mais simples e fácil de começar o trabalho. Não é necessário procurar por uma localização específica, fazer compra de imóveis, dispensa a contratação de pessoas. Então, para início de trabalho é ótimo, porque aumenta muito a agilidade”, relata o advogado Thiago Calandrini, de 34 anos, que há mais de um ano trabalha no coworking Prooffice Escritórios Inteligentes, em Manaus.

A psicóloga Liege Menezes, também atua em um escritório compartilhado e aponta algumas características dessas gerações. “Os millenials são uma geração que busca o empreendedorismo, visam as redes sociais como meios para fortalecer-se no mercado de trabalho, não se prendem muito a lugares fixos de trabalho em busca de estabilidade, como visto na Geração X. Já a Geração Z se destaca por surgir em plena era do “boom” tecnológico, é a geração de um mundo mais virtual, extremamente funcional e de respostas rápidas, pessoas mais desapegadas as estabilidades profissionais, visam muito o lucro imediato, com muito trabalho de autoimagem, engajamento virtual e empreendedorismo”, comenta a psicóloga.

A gestora da Prooffice Escritórios Inteligentes, Carolina Cunha, aponta os principais motivos para a escolha desses profissionais: “A maior parte escolhe o coworking pela redução de custos, localização privilegiada, atendimento acolhedor e horário estendido, e pela estrutura de apoio.”

Matheus de Souza Demasi é Coordenador da CDL Jovem Manaus e tem percebido que essas gerações têm buscado se conectar mais aos lugares onde elas vão trabalhar. “As trocas e a diversidade de ideias são pontos muito considerados em coworkings hoje em dia, tanto que há diversos tipos, desde os nichados em um mesmo tipo de negócio, até os que abrangem todas as áreas”, pontua Demasi.

O “Censo Coworking 2023 – Uma análise Woba do mercado brasileiro”, mostrou que o número de coworkings no Brasil cresceu 63% de 2019 para 2023. Em 2019 eram 1.497 e hoje são 2.443 espaços coworkings. 55,1% dos espaços foram inaugurados entre 2019 e 2022. No Amazonas existem 34 coworkings em funcionamento.

A Diretora Nacional da Ancev – Associação Nacional dos Coworkings e Escritórios Virtuais, Rute Pogan, aponta que vários fatores influenciam no crescimento expressivo de 2019 para 2023, e destaca que um deles é o conhecimento sobre o que é o coworking, “Que vai sendo cada vez mais difundido pelas pessoas, pela mídia e pelos próprios coworkings”.

Contato:
Andrea Vale Assessoria & Comunicação
92 99350-1116 / 98124-0490

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