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Preço do café dispara 80,2% em 12 meses

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O preço café moído, item essencial na mesa do brasileiro, avançou 80,2% nos 12 meses até abril, conforme mostra a inflação oficial, medida pelo IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo), do IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). A variação é a maior para um período acumulado em 12 meses desde a criação do Plano Real, em 1994.

O cálculo do índice de maio de 1995, que considera também os preços de junho de 1994, indicava alta de 85,5% – antes, portanto, da implementação da moeda.

Na sexta-feira passada (9), o IBGE divulgou que a inflação de abril registrou alta de 0,43%, uma desaceleração em relação ao indicador de março (+0,56%). O grupo Alimentação e bebidas (0,82%) exerceu o maior impacto no índice, com 0,18 ponto percentual (p.p.).

Dentro desse grupo, houve altas da batata-inglesa (18,29%), do tomate (14,32%), do café moído (4,48%) e do lanche (1,38%). No lado das quedas, destaca-se o arroz (-4,19%).

Entre os fatores que vêm contribuindo para a alta do preço do café estão:

  • Calor e seca, além de geadas, que afetam a produtividade da planta;
  • Aumento de custos da indústria com a matéria-prima, devido às questões climáticas e às oscilações do dólar;
  • Queda da oferta global, devido aos impactos climáticos na produção de alguns países, como o Vietnã;
  • Maior custo logístico; e
  • Aumento do consumo do produto no mundo.

Embora tenha registrado avanço de 4,48% em abril, houve desaceleração no preço do café em relação a março, quando a alta do produto foi de 8,14%.

Em fevereiro, a inflação do café foi de 10,77%, a maior subida mensal em 26 anos.

Produção de café no Brasil será maior este ano

Apesar das questões do preço, a produção de café deve ser maior este ano do que foi em 2024

Incluindo as espécies arábica e conilon, a previsão da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) é de 55,7 milhões de sacas beneficiadas em 2025. Essa produção é 2,7% ou 1,5 milhão de sacas acima do volume produzido em 2024, se configurando como a maior da série de baixa bienalidade (variação da produção agrícola de um ano para o outro).

Quando comparada com a safra 2023, também ano de bienalidade negativa, o resultado da presente safra é cerca de 1,1% superior.

“A colheita, iniciada em março e que atingiu 3,6% em abril, ainda é incipiente, portanto a estimativa ainda é preliminar, pois o ciclo da cultura está em andamento e ainda dependente do comportamento climático”, diz trecho do boletim da Conab.

A área total destinada à cafeicultura no país em 2025, somadas as áreas em produção e em formação, totaliza 2,25 milhões de hectares, aumento de 0,8% sobre a área da safra anterior.

As áreas destinadas às lavouras em produção somam 1,86 milhão de hectares, com redução de 1,4%, e 397,3 mil hectares em formação, crescimento de 12%.

China: novo mercado para o café brasileiro

A China se tornou um novo mercado para o café brasileiro. Desde 2023, o país saiu da 20ª para a 6ª posição no ranking dos principais importadores de café do Brasil, que é o maior produtor e exportador mundial do grão.

 





Fonte: ICL Notícias

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