O que é a guilhotina? Ela pode ser descrita como uma lâmina de metal que é lançada de certa altura no pescoço do condenado, resultando em sua decapitação relâmpago.
Aqui, pensava-se que um instrumento similar não faria o condenado sofrer e equalizaria as execuções, entre as classes populares e nobres.
O inventor da guilhotina foi Joseph Ignace Guillotin, um médico e político francês. Em 9 de outubro de 1789, ele a apresentou à Assembleia Nacional, propondo-a como instrumento de morte e explicando que o condenado seria decapitado através de um mecanismo simples, quase indolor.
“Com a minha carroça, eu decepo sua cabeça num piscar de olhos, e você não sofre. A lâmina cai, a cabeça é decepada num piscar de olhos, o homem não existe mais. Ele mal percebe uma rajada de ar fresco na parte de trás de sua cabeça.”
Originalmente, no entanto, a lâmina não era oblíqua, mas reta. As primeiras vítimas foram algumas ovelhas, depois passou para cadáveres humanos e finalmente para os infelizes vivos. Até o próprio Luís XVI dedicou-se a aperfeiçoar o mecanismo dessa nova ferramenta de morte.
Parece que ele gostava muito de passar tempo em oficinas e marcenaria, e foi graças ao seu conhecimento técnico, comparando-se com especialistas, que ele ordenou uma modificação na lâmina: propôs que fosse oblíqua e não paralela (com movimento perpendicular) ao chão. Dessa forma, o corte ocorria de maneira mais rápida e precisa.
Além de ser mais sutil, este elemento certamente foi estudado para o efeito “cênico”. As decapitações eram um espetáculo na praça. Um evento dramático e público. A sugestão do soberano foi aceita e ele mesmo pôde experimentar pessoalmente a precisão do corte da nova lâmina, nove meses depois, em 21 de janeiro de 1793.