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PF investiga influenciadores que ensinam a importar eletrônicos clandestinamente

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Uma ação conjunta da Polícia Federal com a Receita Federal resultou em 76 mandados judiciais de busca e apreensão. Ao todo, agentes de cinco estados foram mobilizados para desmantelar operações de pessoas que ensinavam nas redes sociais como importar eletrônicos ilegalmente.

De acordo com o comunicado da PF, os alvos foram “influenciadores digitais que também atuavam como coaches e que se autointitulavam ‘especialistas’ na importação de eletrônicos“. Essas figuras oferecem cursos e com ensinamentos sobre como fazer compras “sem o recolhimento de impostos” e abertamente mostrando táticas para evitar autoridades fiscais.

A Operação Hidden Circuit envolveu 300 policiais federais e 133 servidores da Receita Federal, que agiram contra suspeitos nos estados de Goiás, Tocantins, Mato Grosso e Amazonas. O grupo “possuía divisão de tarefas especializadas entre seus membros e as empresas envolvidas realizavam movimentação financeira milionária”, segundo a nota oficial.

A maior parte dos envolvidos ensinava seguidores a importar sem impostos e comercializava os produtos. (Imagem: Receita Federal/Reprodução)

Os produtos não eram de uso pessoal, mas parte de uma “organização criminosa que atuava na importação clandestina, no transporte, depósito e na comercialização” de produtos eletrônicos oriundos do Paraguai. Os suspeitos agiam nas cidades de Goiânia-GO, Anápolis-GO, Manaus-AM, Palmas-TO e Confresa-MT.

Estima-se que até R$ 80 milhões por ano em tributos foram sonegados pelo grupo. Já a ação, que teve ações anteriores chamadas de Operação Mobile, já envolveu a apreensão de ao menos R$ 10 milhões em mercadorias.

Qual é o crime dos influenciadores de importações?

Segundo a PF, o grupo vai responder pelas atividades ilícitas de descaminho, organização criminosa, evasão de divisas, incitação ao crime e lavagem de capitais.

Os influenciadores chamaram a atenção das autoridades pela ostentação nas redes sociais, uso de criptomoedas para “realizar as transações ilegais” e também evidências sobre “lavagem de capitais oriundos dos crimes praticados”.

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