Petrobras quer perfurar na Foz do Amazonas sem estudo recomendado pelo IBAMA

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queda-de-braço entre Petrobras e IBAMA em relação ao projeto de exploração petrolífera na foz do rio Amazonas segue intensa. Enquanto pressiona o órgão ambiental federal pelo licenciamento da obra, a empresa quer iniciar a perfuração mesmo sem a realização de uma avaliação ambiental estratégica.

O documento, que analisa os impactos ambientais da atividade para a região potencialmente afetada, foi apontado pelo IBAMA em parecer de janeiro passado como necessário para o prosseguimento do processo de licenciamento.

O argumento da Petrobras, de acordo com a Folha, é de que a fase de perfuração é apenas “preliminar”, de curta duração, para averiguar a existência de uma reserva de óleo no leito da foz, e que eventuais impactos seriam relacionados à extração propriamente dita, o que vai demorar para acontecer. Essa justificativa é contestada por analistas do IBAMA e ambientalistas, que defendem que a Petrobras realize todos os estudos estratégicos antes de iniciar qualquer intervenção na região.

Enquanto isso, o presidente da Petrobras, Jean-Paul Prates, segue em sua cruzada na defesa da exploração petroleira na foz do Amazonas. A CNN Brasil divulgou uma fala do ex-senador na qual defende que o projeto, bem como outras iniciativas na Margem Equatorial Brasileira, pode ajudar a “custear” a transição energética no país.

“Se formos bem-sucedidos, vamos resolver as reservas de forma integrada a outras fontes de energia. Com foco em uma agenda de transição energética segura, justa e inclusiva. Se for comprovada sua viabilidade, será um salto em direção ao futuro, uma verdadeira alavanca de novos investimentos e oportunidades”, disse Prates.

 

ClimaInfo, 31 de março de 2023.

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