O espetáculo ‘Huma/’ pré-estreia no próximo dia 18 (domingo), trazendo reflexões sobre desafios e conflitos existenciais do cotidiano da humanidade
No dia 18 (domingo) de junho, será realizada a pré-estreia do espetáculo “Huma/”, que tem no elenco Leo Scantbelruy, direção e dramaturgia de Francisco Rider, preparação de Koia Refkalefsky, confecção de figurinos de Preta Scantbelruy, assistência de produção de Jady Castro e registro fotográfico e audiovisual de Robert Coelho.
As pessoas interessadas em assistir a montagem deverão se dirigir ao estacionamento do Parque dos Bilhares até, no máximo, às 15h15. Os ingressos custam R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada) e serão vendidos apenas no local do evento. A montagem tem o apoio da Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa (SEC), e Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Sustentabilidade (Semmas).
Francisco Rider explica que este novo trabalho artístico foi concebido para ser exibido em espaços abertos, como pontes e viadutos, além de diversos outros locais públicos.
“A temporada de pré-estreia ocorrerá no Parque dos Bilhares porque ‘Huma/’ é um espetáculo para e com o ambiente urbano manauara. A obra cênica é construída junto com o local onde vai ser apresentada, impactando a obra em si”, explicou Francisco Rider. Ele disse, ainda, que, como o espetáculo utiliza um espaço aberto, caso chova, a apresentação será cancelada e uma nova data será marcada.
Ainda fazendo parte da temporada de pré-estreia, o espetáculo será reapresentado nos dias 25 (domingo) de junho e nos dias 2 (domingo), 8 (sábado), 15 (sábado) e 22 (sábado) de julho. Francisco Rider e Leo Scantbelruy explicam que, após cada apresentação, haverá um diálogo com o público.
“Será uma hora de conversa, onde teremos a oportunidade de realizar um debate com as pessoas presentes”, informaram os dois artistas.
Quem é Huma?
“Huma/” é uma peça na qual uma mulher isolada vive em um “mundo-peste”, mas não só biológico, acima de tudo o da política da morte que nos devora cotidianamente, conforme explica o autor do drama.
“’Mundo-peste’ é uma metáfora para todas as formas de violências, agressões, preconceitos e fobias contra corpos ‘indesejados’ pelos padrões normativos. Um dia, a personagem Huma decide romper com esse enclausuramento e vai para a rua, se deparando com os vírus invisíveis da peste. Então, como uma mulher-cidadã, que cresceu na ditadura civil-militar (1964 a 1984), ela se manifesta”.
Francisco Rider esclarece que a obra possui várias metáforas, a começar pelo título do trabalho, que contém um sinal gráfico: /.
“A barra utilizada no título da peça se refere à barra e aos desafios existenciais que a personagem vivencia nesse ‘mundo-peste’. A barra (/) é também um corte dramático na palavra humanidade”.
Montagem reúne artistas de destaque no Brasil e no exterior
A criação de “Huma/” inclui artistas veteranos, como Francisco Rider e Koia Refkalefsky, que atuam desde a década de 80 no cenário artístico local, nacional e internacional, e um artista da nova geração, Leo Scantbelruy, que já conta com dez anos de carreira, igualmente de destaque.
Francisco Rider é um artista manauara autônomo, que transita entre as linguagens das artes cênicas contemporâneas (teatro, dança e performance) e das artes visuais. Fez aperfeiçoamento artístico na Organização Movement Research de Nova York (1996-1998), com bolsa da Fundação Capes/MEC. Ele também é Mestre em Letras e Artes pelo PPGLA/UEA e Especialista em Gestão Cultural pelo Senac SP. Desde 1980 está envolvido com as artes. Viveu entre as cidades do Rio de Janeiro, São Paulo e Nova Yorque (1986-2006), onde trabalhou como performer, ator, bailarino, produtor, coreógrafo e diretor artístico. Foi premiado pelo Rumos Itaú Cultural de São Paulo, Sesc São Paulo e Funarte Klauss Vianna, Proarte/SEC e Conexões Culturais Manauscult. Tem apresentado suas obras nos EUA, Europa, América Latina e Brasil.
Koia Refkalefsky é atriz, figurinista, preparadora, criadora do grupo de teatro Loucozencena. Trabalha na Companhia de Teatro Vitória Régia há 35 anos. Trabalhou com arte-terapia durante 30 anos no Centro Psiquiátrico Eduardo Ribeiro. Escreveu o livro “Memória da Loucura” em parceria com Rosangela Aufiero e Monique Rothen. Atuou em 15 peças de teatro e no cinema participou de cinco filmes.
Leo Scantbelruy tem 27 anos e é artista trans manauara com mais de dez anos de carreira em artes cênicas. Atuou em diversos estados do Brasil e no exterior. Gere o espaço cultural Casa Passarinho, no centro de Manaus. Integra o Movimento Levante MAO de reivindicações de políticas públicas para a categoria trabalhadora e autônoma das artes. Formou-se em Licenciatura em Teatro pela Universidade do Estado do Amazonas. Entre seus prêmios e festivais, destacam-se o Prêmio Funarte de Dança Klauss Vianna, Prêmio Manaus de Conexões Culturais, Prêmio Pesquisa e Investigação Cênica do Festival Breves Cenas de Teatro, Residência Jovens Criadores no AM, Festcine Amazônia, Mostra Internacional de Teatro de São Paulo – MITsp, Festival Emergentes (Espanha), Festin Açu (Bolívia).
CRÉDITO DAS FOTOS: DIVULGAÇÃO/FRANCISCO RIDER
LEGENDA DA FOTO: O drama é o da personagem Huma, interpretado por Leo Scantbelruy (na foto), que ficou enclausurada na sua casa devido a uma peste, que pode ser biológica e sociopolítica existencial, criando um mundo-peste contaminado pelo vírus invisível das ignorâncias, violências, intolerâncias e mortes produzidas e concretizadas contra corpos “indesejados” pela sociedade patriarcal
ASSESSORIA DE COMUNICAÇÃO DO PROJETO “HUMA/”:
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