Aproximadamente 9 mil brasileiros consomem mais que o dobro da quantidade recomendada pela OMS
A nutricionista Daíse Cunha, que atua na Policlínica Dr. Danilo Corrêa, unidade da Secretaria de Estado de Saúde do Amazonas (SES-AM), esclarecer sobre os riscos do consumo exagerado de sal na alimentação, hábito que pode resultar em consequências graves para a saúde das pessoas.
O sal é um condimento presente em praticamente todas as cozinhas do mundo e muito utilizado para realçar o sabor dos alimentos. No entanto, o consumo deste produto pode acarretar muitas complicações na saúde de uma pessoa. A nutricionista Daíse Cunha, destaca os principais riscos do consumo exagerado do sal.
“Quando consumimos sal em excesso, corremos o risco de desenvolver doenças crônicas relacionadas ao funcionamento dos rins e do sistema circulatório. Uma das mais predominantes na população adulta e idosa é a hipertensão arterial, uma doença de base renal que, quando não tratada ou prevenida, pode levar a graves problemas cardiovasculares e circulatórios”, destaca.
Em 2019 um levantamento inédito no Brasil realizado pela Pesquisa Nacional de Saúde (PNS), indicou que 9 mil brasileiros consomem quase o dobro da quantidade de sal recomendada pela Organização Mundial de Saúde, que é de 5 gramas.
Vale destacar que o excesso de sal pode agravar doenças como insuficiência renal crônica e diabetes, causando retenção de líquidos, desequilíbrio eletrolítico, ganho de peso e até o risco de câncer de estômago. Controlar o consumo de sal é essencial para prevenir complicações em pacientes com essas condições médicas.
A nutricionista que também é especialista em nutrição clínica com ênfase em nutrigenômica, nutrigenética e imunonutrição expõe dicas de como educar a população a não consumir tanto sal em suas alimentações.
“As principais maneiras de tentar evitar o consumo exagerado do sal, que é o cloreto de sódio. É não colocar o saleiro à mesa, não adicionar mais sal na comida após preparo. Reduzir o consumo de alimentos embalados, industrial e principalmente os ultraprocessados como biscoitos recheados, macarrão instantâneo, refrigerantes, suco de caixas, achocolatados e temperos de tablete”, finaliza a especialista.
FOTO: Douglas Santos
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