Profissionais examinam amostras de tecidos sob um microscópio para identificar precisamente a presença de células cancerígenas
O tratamento do câncer conta com um profissional muito importante e que não aparece diretamente para o paciente. É o médico patologista, essencial no diagnóstico preciso dos tumores malignos e, consequentemente, na terapia escolhida para tratar a doença. Na Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon), unidade vinculada à Secretaria de Estado de Saúde (SES-AM), a equipe de patologia foi responsável por aproximadamente 3 mil laudos de biópsia em 2023.
O patologista é o responsável por analisar e interpretar amostras de tecidos e células obtidas de pacientes por meio de biópsias, cirurgias ou outros procedimentos. A partir dessas análises, são fornecidas informações cruciais para a equipe médica que fornece assistência ao paciente com câncer.
“O patologista é responsável por examinar as amostras de tecidos sob um microscópio para identificar se há a presença de células cancerígenas. Ele determina o tipo específico de câncer, o grau de diferenciação celular e a extensão da doença, conhecido como estadiamento”, explica a médica patologista e gerente do Laboratório de Patologia da FCecon, Emily Franco.
Com base nas características observadas nas amostras, o patologista pode fornecer informações sobre a provável evolução da doença, ajudando a prever a agressividade do câncer e a resposta ao tratamento.
Terapias
O tratamento oncológico é formado pelo tripé cirurgia, radioterapia e quimioterapia, que podem ser utilizadas de forma concomitante ou em momentos distintos. É possível, também, que o médico especialista opte por apenas uma das terapias.
Essa escolha tem relação direta com o laudo de biópsia. No laudo, são descritos marcadores moleculares específicos do câncer, que vão orientar a resposta a determinados medicamentos e terapias-alvo.
Processos
No Laboratório de Patologia da FCecon, médicos patologistas e técnicos em histologia se dividem nos processos de análise das amostras de tecido, cada um conforme suas competências.
Uma das mais importantes é a análise microscópica, onde o patologista examina as lâminas de vidro sob o microscópio para observar a estrutura, a forma e o padrão das células e tecidos.
“Essa análise é essencial para o diagnóstico preciso. Após o exame detalhado e a interpretação dos resultados, o patologista elabora um laudo anatomopatológico com informações sobre o diagnóstico final, incluindo o tipo de câncer, o estadiamento, características moleculares relevantes e outras informações importantes para a equipe médica responsável pelo tratamento do paciente”, explica Emily Franco.
Entre janeiro e junho de 2023, foram emitidos aproximadamente 3 mil laudos de biópsia na FCecon.
Modernização
Desde o ano de 2022, o Laboratório de Patologia da FCecon conta com novas estufas, centrais de inclusão, processador automático de tecidos, montador de lâminas automático, placas aquecedora e refrigerada, freezer, deionizador e destilador, dentre outros.
“A reestruturação do Laboratório de Patologia com novos aparelhos visa modernizar a emissão de laudos de biópsia, reduzindo o tempo de análise das peças e agilizando a entrega de resultados”, disse o diretor-presidente da FCecon, mastologista Gerson Mourão.
O investimento no laboratório foi de R$ 575,8 mil, com recursos de emendas parlamentares estaduais e federais, restando outros equipamentos para serem adquiridos.
FOTOS: Ludmila Dias/FCecon
Legenda: O patologista elabora um laudo anatomopatológico com informações sobre o diagnóstico final
Sonora: Emily Franco, médica patologista e gerente do Laboratório de Patologia da FCecon
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