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Uma polêmica envolvendo empanadas e o ator Ricardo Darín, ganhou força quando o astro argentino se tornou alvo de memes do presidente da Argentina, Javier Milei.
A história começou no último sábado (24), quando Darín usou o preço da dúzia de empanadas — 48 mil pesos, o equivalente a R$ 234 — para ilustrar a alta dos preços na Argentina, durante uma entrevista a uma emissora de TV local.
A fala foi recebida com críticas e ironia por parte do público, que dizia que é possível achar empanadas por valores bem abaixo do ugerido por Darín. A repercussão da fala acabou tomando conta das redes sociais e gerando inúmeros memes.
Reação do governo Milei
Na segunda-feira (26), o ministro da Economia da Argentina, Luis Caputo, ironizou o ator. “Mee deu vergonha alheia, empanadas não custam isso”, disse o ministro. “Fique tranquilo que as pessoas comem empanadas gostosas por 16.000 pesos a dúzia”, disse o ministro durante uma entrevista.
Os memes criados a partir da fala de Darín ganahram as redes, e alguns deles foram compartilhados pelo próprio presidente argentino, Javier Milei.

Posts de Milei debochando da declaração de Ricardo Darín (Foto: Reprodução)
Na segunda-feira (26), Darín explicou sua fala e criticou o ministro Luis Caputo, dizendo que ele entendia que nem todas as empanadas custavam este valor, e que o preço depende de vários fatores como o local onde é vendido e qualidade do produto.
“Acho que estava claro sobre o que estávamos falando, de que os preços estão altos”, declarou o ator.
Darín ainda sobre o atual momento do pais, dizendo que “chuva” de memes reflete a tensão que a Argentina vive por conta da alta de preços, da queda no consumo e do aumento na pobreza.
¡No seas Darín! pic.twitter.com/Sx4gx16k0h
— SheIby (@TommyShelby_30) May 26, 2025
Argentina de Milei
Logo no início de seu mandato como presidente, em 2023, Milei anunciou um corte de gastos. O ultraliberal eliminou milhares de cargos públicos e tem conseguido equilibrar as contas do país pela primeira vez em décadas.
Contudo, Milei também liberou os preços de medicamentos, alimentos e tarifas de serviços públicos, ao mesmo tempo que cortou aposentadorias, eliminou pensões e impôs limites aos reajustes salariais tanto ao setor público quanto no privado, reduzindo drasticamente o poder de compra da população.
Na Argentina, a inflação de alimentos foi de 2,9% em abril e 14,6% no ano. Em comparação com o Brasil, a inflação foi de 0,43% e 2,48% nos mesmos períodos.
Fonte: ICL Notícias
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