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Mercados mundiais e petróleo derretem nesta 2ª

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Os mercados mundiais começam esta segunda-feira (7) com baixa generalizada, ainda sob efeito do plano tarifário global anunciado pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump. Em Wall Street, banqueiros, executivos e traders disseram a reportagem do jornal The New York Times que sentiram na semana passada flashbacks da crise financeira global de 2007-08, que derrubou vários gigantes de Wall Street.

A diferença básica entre aquela crise e a atual, segundo os agentes, é que, agora, não podem contar com o governo para ajudar a juntar os pedaços. Por isso, têm pouca esperança de melhora no cenário no curto prazo.

No fim de semana, os investidores se frustraram diante da ausência de sinais de que o governo Trump estaria avançando em negociações para reduzir tarifas de países ou considerar adiar o pacote de tarifas recíprocas previsto para entrar em vigor em 9 de abril. A tarifa unilateral inicial de 10% já passou a valer no sábado (5).

Na sexta-feira passada (4), o presidente do Fed (Federal Reserve, o banco central estadunidense), Jerome Powell, expressou preocupação de que o “tarifaço” eleve o desemprego e a inflação.

Por outro lado, as principais autoridades econômicas de Trump descartaram quaisquer temores de inflação e recessão, declarando que as tarifas persistiriam, independentemente do que os mercados fizessem.

No sábado, Trump defendeu as tarifas em sua rede social, Truth, e aconselhou investidores a “segurar firme” porque isso seria “uma revolução econômica”. No domingo, segundo a Reuters, Trump afirmou que a menos que o déficit de negociações que alega existir com a China fosse resolvido, não haveria nenhum tipo de de acordo. Sobre a situação do mercado, o presidente disse que “às vezes, é necessário tomar o remédio”.

Brasil

Na sexta-feira (4), o Ibovespa não conseguiu escapar do tsunami que vem engolfando os mercados mundiais. O principal indicador da Bolsa brasileira derreteu 2,96%, aos 127.256,00 pontos, uma perda parruda de 3.884,65 pontos.

A semana, assim, termina com menos 3,52%, a pior desde os cinco pregões entre 12 e 16 de dezembro de 2022, quando fechou com menos 4,34% acumulados.

O dólar, por sua vez, disparou absurdos 3,68% ante o real, encerrando as negociações cotado a R$ 5,8350.

A queda do IBOV é consequência da retaliação da China ao plano tarifário dos Estados Unidos, que derrubou os mercados e impulsionou o dólar ante moedas emergentes, com o receio dos impactos da guerra comercial na economia mundial.

Europa

As bolsas europeias  despencam para o menor nível desde dezembro de 2023, nesta segunda-feira, ainda sob efeito do tarifaço de Donald Trump. O índice DAX, da Alemanha, chegou a recuar 10% nas negociações iniciais.

Os países da União Europeia tentarão apresentar uma frente unida nos próximos dias contra as tarifas de importação do governo Trump, provavelmente aprovando um primeiro conjunto de contramedidas.

STOXX 600: -4,17%
DAX (Alemanha): -4,55%
FTSE 100 (Reino Unido): -3,68%
CAC 40 (França): -5,76%
FTSE MIB (Itália): -5,03%

Estados Unidos

Os índices futuros de Nova York também operam com queda forte, nesta segunda-feira. Nos dois dias que se seguiram ao anúncio das tarifas, ocorrido na quarta-feira (2), o índice de referência S&P 500 caiu 10,5% e perdeu cerca de US$ 5 trilhões em valor de mercado. Foi a maior perda em dois dias desde março de 2020.

A queda acentuada de quinta (3) e sexta-feira (4) fez com que o S&P 500 acumulasse baixa de mais de 17% em relação ao recorde histórico de fechamento em 19 de fevereiro.

Dow Jones Futuro: -3,17%
S&P 500 Futuro: -3,30%
Nasdaq Futuro: -3,65%

Ásia

As bolsas asiáticas fecharam com queda muito forte hoje. Por lá, o Hong Kong liderou as perdas na região, com o Hang Seng Index recuando 13,22%. Na China continental, o índice de Shanghai despencou 7,34%.

Shanghai SE (China), -7,34%
Nikkei (Japão): -7,83%
Hang Seng Index (Hong Kong): -13,22%
Kospi (Coreia do Sul): -5,57%
ASX 200 (Austrália): -4,23%

Petróleo

Os preços do petróleo caem mais de 3% nesta segunda, aprofundando as perdas da semana passada, à medida que as crescentes tensões comerciais entre os Estados Unidos e a China alimentaram temores de uma recessão que reduziria a demanda por petróleo bruto.

Petróleo WTI, -3,57%, a US$ 59,78 o barril
Petróleo Brent, -3,42%, a US$ 63,34 o barril

Agenda

Nos Estados Unidos, serão divulgados hoje o Índice de Tendência de Emprego de março e o Crédito ao Consumidor de fevereiro.

Por aqui, no Brasil, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, reuniu-se no sábado (5), em São Paulo, com líderes dos maiores bancos privados do país. Segundo o BC, o encontro faz parte de reuniões periódicas com o Sistema Financeiro Nacional para discutir a estabilidade financeira, e foi agendado para conciliar as agendas dos participantes. A reunião ocorreu em meio à operação de compra do Banco Master pelo BRB, tema central do encontro, segundo reportagem do Estadão. Estiveram presentes os presidentes do Itaú, Bradesco, Santander, BTG Pactual, além do presidente do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), Daniel Lima. O negócio entre BRB e Banco Master ainda depende de aval regulatório.

*Com informações do InfoMoney e Bloomberg





Fonte: ICL Notícias

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