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Manifestação neonazista em Berlim é cercada por antifas e impedida de seguir

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Cerca de 800 neonazistas tentaram marchar, neste sábado (22) em Berlim, no distrito de Friedrichshain, mas tiveram de ir para casa mais cedo devido à forte oposição de contra-manifestações antifascistas.

Os participantes não conseguiram avançar além do ponto de chegada na estação de trem de Ostkreuz, no leste da capital alemã.

“Algumas centenas de nazistas se reuniram em Ostkreuz, mas só puderam andar cerca de 50 metros porque a rota do protesto estava bloqueada por milhares de antifas!” disse à coluna uma jovem alemã que fez parte das contramanifestações mas pediu para não ser identificada.

O que se sabe até agora é que a polícia mobilizou cerca de 1500 policiais para evitar confrontos entre o grupo de extrema direita e os grupos antifascistas. Enquanto, segundo a polícia alemã, o grupo neonazista tinha aproximadamente 850 pessoas, as contra manifestações antifascistas reuniram entre 2 mil e 5 mil participantes.

Até o momento da publicação da coluna, 100 pessoas haviam sido presas. Os motivos teriam sido o uso de  disfarces e símbolos de organizações inconstitucionais. Investigações também estão em andamento por perturbação da paz. Além disso, a saudação de Hitler teria sido feita diante de policiais.

Mas manifestantes antifascistas também relatam violência policial e o uso de gás de pimenta.

Além disso, segundo o jornal alemão Deutsche Welle, três pessoas foram impedidas de participar da manifestação neonazista por determinação judicial. Elas já haviam sido presas anteriormente por exibirem símbolos de organizações inconstitucionais, incluindo um homem que fez a saudação nazista.

Essa foi a terceira de uma série de marchas de extrema direita desde dezembro na Alemanha, com o mesmo lema: “Pela lei e pela ordem. Contra o extremismo de esquerda e a violência com motivação política” e estariam sendo organizados pelo ex-membro da ala mais radical da AfD (partido de extrema direita alemão que ficou em segundo lugar nas últimas eleições parlamentares) Ferhat Sentürk.

Os atos passaram de 150 manifestantes em fevereiro para 850 neste sábado.

Há relatos de que os primeiros atos contaram com outros integrantes da AfD, mas o partido nega que tenha relação com a série de encontros neonazistas.

A polícia alemã declarou no X que estava protegendo a liberdade de expressão e o direito ao protesto e não o conteúdo do ato em si, mas afirmou que fará novas declarações neste domingo (23).

A coluna está apurando mais informações e trará novas atualizações.



Fonte: ICL Notícias

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