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Inquérito sobre o PCC e a máfia italiana cita empresa de Gusttavo Lima

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Uma rede internacional de tráfico de drogas com envolvimento do Primeiro Comando da Capital (PCC) e a máfia italiana foi desvendada por uma investigação da Polícia Federal no Paraná. O grupo usa o porto de Paranaguá (PR) para envio de drogas à Europa, cujos principais destinatários seriam integrantes de máfias de dois países da região, a Itália e da Albânia.

A investigação foi deflagrada em dezembro do ano passado e batizada de Mafiusi, que significa “máfia”. Houve determinação de mandados de prisão e 35 mandados de busca e apreensão. Alguns desses mandados foram cumpridos na Itália, por meio de cooperação internacional. O bloqueio de ativos financeiros foi realizado em relação a 79 pessoas físicas e jurídicas. A estimativa dos valores dos bens apreendidos alcança o montante de R$ 126 milhões.

O Grupo de Investigações Sensíveis (Gise) conduz a apuração, que aponta três núcleos do esquema: operacional (tráfico); liderança (coordenação); e financeiro (lavagem de dinheiro), segundo relatórios obtidos pela CNN. O nome do cantor Gusttavo Lima é citado no núcleo financeiro devido à negociação de compra e venda de uma aeronave da empresa dele.

Quatro dos investigados na máfia continuam presos. Um deles é o líder apontado pela PF, Willian Agati, chamado de “Concierge do PCC”. A representação inicial da PF foi enviada ao Ministério Público Federal, que denunciou os investigados à Justiça.

máfia italiana

Máfia italiana, Gusttavo Lima e o PCC

Na análise do terceiro núcleo do grupo, a PF encontrou a compra e venda de uma aeronave com a Balada Eventos, do cantor Gusttavo Lima. A empresa estaria em negociação com o grupo, que é investigado por lavagem de dinheiro usando bens de luxo.

Os investigadores analisaram centenas de transações financeiras até o momento, mas essa parte continua em investigação, assim como a junção dos depoimentos. Segundo a PF, o grupo usa a compra de diversos itens para não deixar rastros do dinheiro fruto do tráfico internacional de drogas, como cavalos, haras e barcos.

O cantor Gusttavo Lima, que se colocou como pré-candidato à Presidência em 2026 não é investigado diretamente. O nome dele consta como representante da empresa, que é citada.

Em nota, a empresa dele negou qualquer irregularidade. “A Balada Eventos, empresa que administra a carreira artística do cantor Gusttavo Lima, esclarece que adquiriu uma aeronave da empresa JBT EMPREENDIMENTOS E PARTICIPAÇÕES EIRELI, através de seus representantes legais (família Golin), em junho de 2022. Essa foi a única negociação realizada entre a Balada Eventos e a empresa JBT. A operação ocorreu de forma legal, com contrato de compra e venda formal, devidamente registrado na ANAC”, diz a nota. A equipe do cantor também disse que “não conhece a pessoa de Willian Barile Agati, devendo tal informação ser requisitada junto a família Golin”.



Fonte: ICL Notícias

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