Incontinência urinaria diminui qualidade de vida e tem tratamento

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Close up of a man with hands holding his crotch, isolated in grey

Pequenos escapes de urina têm causas variadas e podem comprometer qualidade de vida de pacientes, alerta urologista

Problema que afeta, em média, 5% dos homens que tratam o câncer de próstata e até 35% das mulheres no climatério, a incontinência urinária pode evoluir em vários níveis. Um deles, inclui pequenos escapes de urina, que acabam ocorrendo durante a tosse, um simples espirro ou esforço físico. As causas são variadas e vão desde infecções urinárias, até o enfraquecimento dos músculos pélvicos e sequelas decorrentes de algumas cirurgias, explica o presidente da seccional amazonense da Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), cirurgião uro-oncologista Giuseppe Figliuolo.

De acordo com o médico, que atua na Urocentro Manaus, fazem parte da lista de fatores que podem causar os escapes de urina, a constipação intestinal, fraqueza nos músculos pélvicos, obstrução da uretra em decorrência do aumento da próstata, lesões na coluna e efeito colateral de medicamentos.

O cirurgião , que é doutor em saúde pública, explica que os pequenos escapes involuntários de urina também são considerados quadros de incontinência urinária e podem comprometer a qualidade de vida do indivíduo.

“Há pessoas que usam absorventes para os escapes, sem saber que, em alguns casos, o problema pode ser tratado com medicação e fisioterapia, por exemplo. Mas, em quadros mais extremos, pode haver a indicação de tratamento cirúrgico para alguma eventual correção. Sem o tratamento adequado, e com a falta de informação, muitas pessoas acabam por ter a qualidade de vida comprometida, já que a tendência é que haja um maior isolamento social. Quadros de depressão também podem derivar da incontinência urinária”, destaca Figliuolo.

De acordo com ele, a maior parte das pessoas afetadas pela incontinência é de mulheres. “Quase 85% dos pacientes com incontinência são mulheres. No caso delas, a principal causa é o enfraquecimento dos músculos que controlam a bexiga. O problema acaba sendo muito comum. É importante lembrar que, uma análise mais aprofundada de cada caso, por um urologista, possibilita alcançar um tratamento resolutivo ou que amenize o problema. O importante é não negligenciar”, explica o especialista.

Sinais

O escape involuntário de urina apresenta diversos sinais que variam em intensidade. Entre eles estão a perda de controle ao tossir, espirrar ou realizar esforços físicos, urgência frequente em urinar e gotejamento após o xixi.

“A necessidade constante de ir ao banheiro e a presença de infecções urinárias recorrentes também acendem o sinal de alerta. É crucial buscar a orientação de um profissional de saúde para avaliação e tratamento adequados”, disse Giuseppe Figliuolo.

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