Há exatos 83 anos, perdemos JIGORO KANO, o PAI DO JUDÔ! (com vídeos)

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SUGESTÃO:  LUCIO GLAUCIO MENDONÇA/ACOPAJAM

No dia 4 de maio de 1938 , em alto mar , a bordo do Transatlântico Hikawa Maru, Morreu o pai do Judô, JIGORO KANO.
Jigoro Kano nos legou vários manuscritos, nos quais em geral assinava com pseudônimos, dentre estes, um muito usado por ele era “Ki Itsu Sai” que quer dizer, tudo é unidade.

Kano também era poliglota, pois falava quatro línguas além do japonês: francês, alemão, inglês e espanhol. Lamentavelmente a 4 de maio de 1938, morre Jigoro Kano de problemas pulmonares, quando voltava do Cairo, onde havia presidido a assembléia geral do comitê internacional dos jogos olímpicos.

Não houve para ele tempo de assistir a Universidade do Judô, mas tinha certeza da sua perpetuação. “Quando eu morrer, o Judô Kodokan não morrerá comigo, porque muitas coisas virão a ser desenvolvidas se os princípios de minha arte continuarem sendo estudados”.


Nascido em 28 de outubro de 1860, em Mikage, distrito de Hiogo, filho de Jirosaku Maresiba Kano, Jigoro Kano com apenas onze anos de idade transferiu-se para Kioto para estudar o idioma inglês, então indispensável para o progresso em qualquer sentido e que, possibilito mais tarde tornar-se professor e tradutor dessa língua e ainda, montar sua própria escola em Tóquio, o Kobunkan.

Galgou um a um os degraus da Escala Imperial Japonesa, chegando ao segundo grau após sua morte, ocorrida em 04 de maio de 1938, portanto, com 77 anos de idade, quando voltava do Cairo onde participou da Assembléia Geral do Comitê Internacional dos Jogos Olímpicos.

Era de baixa estatura, medindo 1,50 metro e seu peso, proporcional a altura, não ia além de 50 quilos. Aos dezessete anos, teve seu primeiro professor, mestre Fukuda, da escola Coração de Salgueiro, depois mestre Isso, e ainda Likudo. Buscou conhecimento também em outras escolas, para tanto estudando com rara persistência, o que lhe permitiu um pouco mais tarde formar um conjunto de técnicas, regras e princípios que viriam a constituir o Judô que hoje conhecemos.

Formado pela Universidade Imperial de Tóquio, em Letras e ciências estéticas e morais, no ano de sua formatura em 1882, funda sua escola, o Kodokan, na qual pretendeu impulsionar um novo método de luta, mais esportiva, mais intuitiva, mais segura e sem os segredos que impediam uma divulgação generalizada, para que todos pudessem usufruir, desde criança até adultos de idade mais avançada. Sua vida não ficou conhecida, nem marcada e não atingiu as culminâncias só através do Jiu-Jitsu e do Judô, mas a sua cultura lhe possibilitou galgar alto posto no Ensino, no esporte e no governo de seu país. Foi professor, vice-presidente e reitor do Colégio dos Nobres, Adido do Ministro da Casa Imperial, Conselheiro do ministro da Educação Nacional, Diretor da Escola Normal Superior e, ainda, secretário da Educação Nacional.

 Fundou sociedades e institutos para jovens e também o primeiro clube de baseball do Japão. Editou revistas, viajou para Europa e América do Norte em missão cultural. Foi ainda Diretor da Educação primária, presidente do Centro de Estudos das Artes Marciais e o primeiro japonês a pertencer ao Comitê Olímpico Internacional e, ainda, presidente da Federação Desportiva do Japão. Notadamente, para quem como Kano introduziu também o desporto e a Educação Física no plano educacional do Japão, fato esse que já seria suficiente para perpetuar seu nome como educador e como esportista. Leva Jigoro Kano o galardão de Pai da Educação Física do Japão.


HISTÓRICO

Os primeiros indícios da utilização pelo homem de algumas formas primitivas de luta individual e sem armas data de três a quatro mil anos A.C., a partir daí, os sinais tornam-se mais nítidos e numerosos, possibilitando uma avaliação mais segura e precisa que nos autorizem afirmar que praticamente todos os povos da remota Antigüidade já praticavam alguma forma de luta esportiva ou bélica. Assim foram os hindus, os chineses, os povos da Europa, das Américas e da Ásia, inclusive do Japão onde, segundo alguns historiadores algumas formas de lutas já eram conhecidas à cerca de dois mil anos a.C.

Porém, até o século XVI as técnicas eram ainda muito primitivas e pobres, havendo a partir desse século uma evolução muito grande, principalmente em função da intensificação do uso por parte dos “samurais” que, além do aperfeiçoamento das existentes, desenvolveram uma enorme quantidade de técnicas novas que vieram enriquecer e consolidar o Jiu-Jitsu. No fim do século XIX, mais precisamente em fins da década de setenta e início da década de oitenta, quando Jigoro Kano inicia um estudo sistemático das artes marciais, já com os olhos voltados para a montagem de sua própria escola. Notava ele então, o empirismo das escolas e dos métodos da época. Estas estavam muito preocupadas com seus segredos e em ignorar os valores das outras, que propriamente progredir na busca da perfeição técnica e moral. A rivalidade nunca foi tão grande entre as escolas como nessa época, procurando uma destruírem as outras a qualquer custo, servindo os meios mais ilícitos, importando apenas a própria sobrevivência.

Como vemos, a ética e a moral não existiam e isso preocupou Jigoro Kano que colocou essa mesma ética e essa mesma retidão moral como meios a serem alcançados. As técnicas também não lhe satisfaziam pela pobreza e inexistência de princípios pedagógicos e científicos e ainda mais, os perigos que essas técnicas representavam, causando acidentes mais ou menos graves que impossibilitavam uma participação maior, ampla e generalizada com que sonhava. Assim retirou-se com alguns alunos para o templo budista de Eishosi onde estudou e analisou cientificamente as técnicas mais em evidência na época, separando o que de bom havia, inventando quando necessário e surgindo então um novo método pela fusão de

técnicas do antigo Jiu-Jitsu e dos princípios pedagógicos, morais e científicos e, ainda, sem um perigo maior de acidentes.

Jigoro Kano aprendeu atemi-waza (técnicas de percussão), e katame-waza (técnicas de domínio) do estilo ju-jitsu Tenjin-shin-yo Ryu e nague-waza (técnicas de arremesso) do estilo de ju-jitsu Kito Ryu. Baseado nestas técnicas ele aprofundou seus conhecimentos tomando como base a força e a racionalidade. Além disso, criou novas técnicas para o treinamento de esportes competitivos, mas também pelo cultivo do caráter. Adicionando novos aspectos ao seu conhecimento do tradicional jujitsu o professor Kano fundou o Instituto Kodokan, com a educação física, a competição e o treinamento moral como seus objetivos. Com o estabelecimento do Dojô Kodokan, em 1882, e com 9 alunos, Jigoro Kano começou seus ensinamentos do judô.

Esse foi um período de grandes provações para Kano, pois mesmo lecionando no Colégio Gakushuin e, também mantendo sua escola de Inglês, o Kobunkan para cobrir as despesas com seus alunos em Eishioi, passava longas horas à noite fazendo traduções. Nessa época, todas as formas de luta e suas escolas eram vistas como uma espécie de reduto de marginais, portanto, não eram bem vistas pela sociedade e Kano tinha que também sobrepor a essa discriminação. Ainda aluno do mestre Likudo, Jigoro Kano inicia a montagem de sua escola, o

Kodokan, em fevereiro de 1882 e para isso convidou alguns alunos do colégio Kakushuin e da sua escola de inglês, o Kobunkan, vários do quais alojou no templo de Eishosi e os mantinha às suas expensas. O primeiro aluno foi Tomita, que estava sempre à mão para Kano testar e aperfeiçoar as técnicas que desenvolvia.

A Tomita seguiram-se Yamashita, Shiro Saigo, Yokoayama, Nagaoka, Higushi, Nakagima, Arima e Amano Kai, e ainda, segundo o mestre Terayama, Matsuoka< Ysso Gay Kaso, Tobata Nobutaro e Toko Sambo. O Kodokan crescia em tamanho, em virtudes e no respeito da sociedade e para que assim continuasse, foram instituídas algumas normas que os alunos prometiam seguir e por elas empenhavam sua palavra:

– Se for admitido no Kodokan, prometo não ensinar e nem divulgar os conhecimentos da arte que me será ensinada, salvo com autorização de meus mestres.

– Não farei demonstrações públicas com o fim de obter lucros.

– Minha conduta nunca será de forma a comprometer e desacreditar o Kodokan.

– Não abusarei e nem farei uso indevido dos conhecimentos que vier a ter.

Quando o Mestre Jigoro Kano criou o Judô, tinha como objetivo através do homem melhorar o mundo. Assim ele idealizou uma forma de defesa que aproveita a agressividade do adversário usando-a contra o mesmo. O Judô é, portanto uma arte marcial meramente defensiva e tem como princípio filosófico “Ceder para Vencer”. Por encerrar princípios filosóficos em seus ensinamentos, o Judô não é somente um esporte ou uma forma de defesa, mas sim, é principalmente, um método educacional eficaz que atua no comportamento e na formação de caráter de crianças, adolescentes e adultos de ambos os sexos. Cair, derrubar, rolar, imobilizar, etc. são alguns dos ensinamentos de uma aula de Judô, cujos efeitos atuam continuamente modificando o comportamento dos praticantes, principalmente na canalização da agressividade, auto confiança que é desenvolvida, o relacionamento com outras pessoas, relacionamento em grupo, e o auto conhecimento.

O treinamento do UKEMI além de mecanizar os movimentos para cair sem se machucar, tem como objetivo relaxar o corpo e mostrar que, tal qual no DOJO é possível cair sem se machucar e levantar de cabeça erguida para a luta, tal qual é na vida. O UTIKOMI permite o contato corpo a corpo, desinibindo e possibilitando uma troca de energia entre os praticantes, além de treinar repetidamente uma técnica de arremesso e de combate de solo. O HANDORI prepara o atleta para a competição, treinando em movimento as técnicas de Judô, desenvolvendo a autoconfiança e o saber ganhar ou perder.

Texto extraido de http://judojc.blogspot.com/


 

 

Esse homem revolucionou a arte-marcial o Japão( e no mundo), unindo varias artes-marciais para criar uma arte que deu o nome de CAMINHO SUAVE ( judô ) onde todos as pessoas poderiam participar sem que houvesse danos físicos. Para aceitação do publico ele teve que  participar de um torneio de artes-marciais usando o conhecimento adquirido e com isso foi bem sucedido 
e hoje seu caminho da suavidades conquistou o mundo e adeptos que a cada dia o aprimoram e o deixam mais perfeito.
A ele uma homenagem de agradecimento pelos seus esforços de torna o mundo melhor com sua arte e sua filosofia. 


chayarkys maycoon

 

 

 

 

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