Fungos, aliados poderosos e pouco valorizados na luta contra a crise climática

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Uma das lacunas de conhecimento mais significativas na ciência climática está na capacidade dos ecossistemas subterrâneos de armazenar dióxido de carbono. Localizadas no subsolo, essas redes de fungos são vitais para a saúde de plantas e árvores, mas existe pouca informação sobre o papel que elas desempenham no ciclo do carbono.

Nesse sentido, um grupo de pesquisadores anunciou, nesta 3ª feira (30/11), um esforço global para mapear os ecossistemas de fungos e obter mais informações sobre seu potencial para nos ajudar a absorver mais carbono e conter o aquecimento da Terra. A iniciativa será encabeçada pela Society for the Protection of Underground Networks (SPUN), com apoio de proeminentes cientistas, como a conservacionista Jane Goodall. No Guardian, o professor Toby Kiers, da Vrije Universiteit Amsterdam (Países Baixos), explicou a importância do projeto: “Por meio da atividade fúngica, o carbono inunda o solo, onde sustenta cadeias alimentares intrincadas – cerca de 25% de todas as espécies do planeta vivem no subsolo. Muito dele permanece no solo, permitindo o armazenamento estável de 75% de todo o carbono da Terra nos ecossistemas subterrâneos”, escreveu Kiers. “A destruição dessas redes subterrâneas acelera a mudança do clima e a perda de biodiversidade e interrompe os ciclos vitais de nutrientes. Essas redes devem ser consideradas um bem público global a ser mapeado, protegido e restaurado com urgência”.

A Reuters também repercutiu a iniciativa.

 

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