Desenvolver atividades práticas, aprimorar o currículo e ampliar as oportunidades de trabalho estão na lista de benefícios da Educação Profissional e Tecnológica (EPT), prevista na Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional (LDB). A modalidade foi a que mais cresceu no país conforme o último Censo Escolar e desempenha um papel estratégico na economia, até mesmo por conta das oportunidades no mercado de trabalho.
As matrículas nesses cursos – que contemplam cursos técnicos e de qualificação profissional – passaram de 2,1 milhões para 2,4 milhões nas redes pública e privada de ensino, entre 2022 e 2023, um aumento de 12,1%, conforme dados divulgados pelo Ministério da Educação (MEC) e pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep).
O crescimento não é à toa, já que a cada R$1 investido nesta formação profissional, o egresso tem um retorno na própria remuneração superior a R$3, de acordo com o livro “Impacto da educação técnica sobre a empregabilidade e a remuneração”, publicado pelo Insper, em parceria com o Itaú Educação e Trabalho e com o Instituto Unibanco. Ademais, segundo o mesmo estudo, pessoas com educação profissional e tecnológica têm 5,5 pontos percentuais de chances de ingressarem no mercado de trabalho em comparação com trabalhadores sem formação profissional.
Histórias de sucesso
O cenário é confirmado por histórias como a de Pedro Victor Costa, de apenas 19 anos. Além de realizar cursos de capacitação nas áreas de desenvolvimento mobile, soldagem de microcomputadores e linguagem de programação, ele cursa o 3º período de técnico de Informática pelo Centro de Ensino Técnico (Centec) em Manaus.
“O interesse em investir nessa modalidade educacional surgiu após algumas conversas com amigos. Acredito que o curso técnico é um bom investimento tanto em questão de preço quanto em questão de qualidade e ofertas de emprego”, enfatiza o jovem, que já tem uma oportunidade garantida assim que concluir o curso.
Livia Cristina da Silva Costa, também com 19 anos, compartilha do mesmo pensamento. De acordo com ela, que faz parte da turma de técnico de Administração do Centec, ter um curso como este no currículo não apenas melhora a perspectiva profissional como também contribui para a formação de uma força de trabalho mais qualificada e preparada para as demandas do mercado.
“Percebo que hoje o mercado de trabalho tem se interessado bastante em contratar pessoas que possuem cursos técnicos em seu currículo. Como super me identifico com a profissão, procurei um curso técnico por ele abrir o leque de oportunidades, além de ser mais rápido e mais profundo nos assuntos específicos da área”, salienta.
De acordo com a jovem, que só precisa de mais um módulo de matemática financeira e do relatório de estágio para concluir a formação, até mesmo uma pessoa que quer ter seu próprio negócio, mas não sabe por onde começar, consegue aprender tudo por meio desse curso técnico, que envolve finanças, marketing, recursos humanos, logística e gestão de projetos.
“Em geral, investir em um curso técnico é extremamente rentável: a formação é rápida e com preço acessível; há uma alta demanda no mercado; os salários são competitivos; e há oportunidades de crescimento profissional, bem como de se especializar em uma graduação superior. Além disso, é ótimo para explorar diversas possibilidades ao longo da carreira”, pontua.
Demanda do mercado
Com quinze anos de existência, o Centec já auxiliou na formação de mais de dez mil alunos dispostos a aumentar suas chances de empregabilidade. Coordenadora de gestão, negócios e de laboratórios da instituição, Viviane Melo destaca que os cursos oferecidos pelo espaço surgem a partir da demanda do próprio mercado de trabalho.
Atualmente, a instituição oferta mais de 30 cursos, dentre técnicos, especialização e auxiliares, incluindo técnico em Radiologia, técnico em Análises Clínicas, técnico em Estética, Nutrição e Dietética, técnico em Gastronomia, em Eletrotécnica, Refrigeração e Climatização.
“Fazemos uma análise do mercado e das suas necessidades. Conseguimos realizar esse acompanhamento através da análise de demandas. Inclusive, em 2025, há possibilidade de surgirem mais cursos na área de tecnologia”, detalha a professora.
De acordo com ela, os alunos do Centec aprendem as bases conceituais em sala de aula e as práticas em laboratório, o que faz toda a diferença para que tenham mais oportunidades de emprego. “O investimento realizado cabe no tamanho do sonho e do bolso dos alunos”, finaliza.
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