Fimose é um dos principais fatores de risco ao câncer de pênis

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A fimose, associada à falta de higiene, tabagismo e infecções sexualmente transmissíveis (ISTs), é um dos principais fatores de risco ao câncer de pênis, que em casos mais graves leva a centenas de amputações por ano. Segundo o urologista Flávio Antunes, a condição afeta adultos e crianças.

A fimose masculina ocorre quando o homem tem dificuldade em expor a cabeça(glande) do pênis por conta do excesso ou estreitamento de pele. “A fimose geralmente é congênita, porém ocorre também em adultos, quase sempre relacionado a infecções do prepucio( pele do pênis ), são características genéticas do paciente. A maioria já nasce assim, mas alguns podem desenvolver a condição
“ destacou o urologista.

No Amazonas, conforme a farmacêutica-bioquímica Valquíria Martins, a Fundação Centro de Controle de Oncologia do Estado do Amazonas (FCecon) faz o diagnóstico de 12 casos de câncer de pênis por ano, sendo uma doença considerada de países subdesenvolvidos. A pesquisa apontou pessoas com fimose em 41,44% dos casos. De acordo com a Sociedade Brasileira de Urologia (SBU), no ano de 2022 foram registrados 1.933 casos de câncer de pênis de Norte ao Sul do país, dos quais 59 (25%) resultaram na penectomia – amputação do órgão.

Sintomas e tratamento

Flávio Antunes explica que, além da dificuldade em expor a cabeça do pênis, o homem com fimose também pode apresentar: dor ou ardência ao urinar; inchaço; infecções frequentes;acúmulo de secreções na região da cabeça do pênis e incômodo ou dificuldades na hora de ter relações sexuais (para fimose em adultos).

“O tratamento da fimose é feito com o procedimento cirurgico. O ideal é que a cirurgia seja feita antes da adolescência”

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