Início FIM DA GREVE Fim da Paralisação no Hospital Universitário Getúlio Vargas

Fim da Paralisação no Hospital Universitário Getúlio Vargas

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Após oito dias de manifestação diante do Hospital Universitário Getúlio Vargas (HUGV), os técnicos administrativos e da saúde decidiram concluir a greve que havia começado no dia 2 de maio, com a participação de 662 funcionários. A greve foi encerrada após uma assembleia realizada nesta quinta-feira (09/05), na qual foi aceita uma nova proposta da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (EBSERH).

Reginaldo Nascimento, presidente do Sindicato dos Trabalhadores da EBSERH (Sindserh) e técnico de laboratório, exigiu maior valorização para os profissionais do setor. “Durante a pandemia, fomos homenageados com aplausos e gestos de agradecimento, mas isso não se traduz em reconhecimento profissional ou financeiro que sustente dignamente uma família ou encha um carrinho de supermercado”, declarou.

A paralisação teve início devido à recusa dos funcionários em aceitar a proposta inicial da EBSERH, que incluía um aumento salarial de 2,15%, um acréscimo de R$ 14,19 no vale-alimentação e R$ 3,88 no auxílio-saúde. Após negociações, a empresa ajustou sua oferta para um aumento salarial de 3,09%, um incremento de 20% no auxílio-alimentação que será de R$ 800 em 2024 e R$ 1.000 em 2025, uma nova data-base estabelecida para 1º de junho de 2025 com uma recomposição integral do Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC), além de reduzir a contribuição do auxílio-transporte de 6% para 5% e elevar o auxílio-saúde de R$ 180,68 para R$ 190,65.

Nascimento ressaltou que a proposta final, apesar de não cobrir a perda de 14,5% no poder de compra acumulada nos últimos anos, foi aceita para evitar um processo de dissídio econômico, o qual geralmente não resulta em benefícios para os trabalhadores. “Foi uma decisão difícil, tomada em uma assembleia carregada de tensões“, acrescentou.

O sindicato relatou que o hospital desmarcou cirurgias e exames sem aviso prévio, mas que uma comunicação foi feita antes, no dia 23 de abril. Reginaldo criticou a administração do HUGV por tentar descreditar os grevistas e manipular a situação para que a opinião pública se voltasse contra eles.

Em resposta, a EBSERH afirmou que os avanços foram frutos de diálogo contínuo com a Secretaria de Coordenação e Governança das Empresas Estatais (SEST), reforçando o compromisso da estatal com a negociação transparente para alcançar um acordo coletivo satisfatório. A proposta final está agora sob análise das entidades envolvidas, com o prazo até o final do dia de hoje, 9 de maio, para uma resposta.

O HUGV está organizando seus profissionais para garantir a continuidade dos serviços essenciais e a assistência hospitalar. Enquanto isso, outros hospitais universitários pelo país estão considerando a proposta para possivelmente encerrar suas reivindicações.

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