Em quadrinhos, os direitos das pessoas indígenas em conflito com a lei ganham tradução na língua Guarani Mbya

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O webinário de lançamento da cartilha em HQ será na terça-feira, 15, com transmissão pelas redes sociais de organizações parceiras

Na terça-feira, 15 de fevereiro, às 17h, o Instituto das Irmãs da Santa Cruz (IISC) em conjunto com o Conselho Nacional de Direitos Humanas (CNDH), Conselho Indigenista Missionário (Cimi), Instituto Terra, Trabalho e Cidadania (ITTC), Coletivo de Advogadas e Advogados de Servidores Públicos (CNASP) e Jornal Comunitário promoverão um webinário sobre a cartilha em quadrinhos Os Direitos das Pessoas Indígenas em Conflito com a Lei na língua Guarani Mbya.

A tradução da HQ foi realizada pelo Rodrigo Mariano Kuaray, que estará presente no webinário. Rodrigo é formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria (UFSM), nasceu no tekoa Ka’aguy Poty, em Planalto (RS). Quando estudante, foi o primeiro indígena a ser membro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (DCE), também primeiro indígena a ser membro do Diretório Livre do Direito (DLD) e fez parte da Comissão Indígena da UFSM. Atualmente compõe a assessoria jurídica da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).

“Esta tradução, intitulada “Nhande kuery javya direitos reguá lei rupi”, é a segunda edição da cartilha em línguas indígenas”

Imagem: interior da publicação, ilustrada por Otto Mendes

A cartilha, originalmente elaborada pelo Cimi, IISC, IBCCRIM, AJD e ITTC, foi cuidadosamente traduzida por Rodrigo Mariano Kuaray, revisada por Joel Pereira e viabilizada por meio do apoio do Coletivo de Advogadas e Advogados de Servidores Públicos (CNASP). Esta tradução, intitulada “Nhande kuery javya direitos reguá lei rupi”, é a segunda edição da cartilha em línguas indígenas, a primeira foi realizada na língua Kaingang.

Resolução nº 287 do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), aprovada em 2019, é um instrumento que estabelece procedimentos para o tratamento das pessoas indígenas acusadas, rés, condenadas ou privadas de liberdade. Dentre uma série de normativas, a Resolução salienta a necessidade de que tribunais cadastrem intérpretes indígenas das etnias presentes nas regiões, bem como que ofereçam cursos de capacitação e atualização para servidores(as) da esfera jurídica e penitenciária considerando princípios de igualdade e não-discriminação.

O webinário, sob mediação de Marcelo Chalréo, que compõe Grupo de Trabalho do CNDH sobre a temática, contará também com as contribuições de Michael Mary Nolan (IISC/ITTC/Cimi), Natalia Dino (CNJ) e Elisa Torelly (CNASP).

Para acessar o conteúdo da cartilha em português, clique aqui.

Para acessar a tradução da cartilha em Kaingang, clique aqui.

Para acessar a tradução da cartilha em Guarani Mbya, clique aqui.

Tradução em kaingang amplia acesso a direitos | Imagem: interior da publicação, ilustrada por Otto Mendes

cartilha em portugues

 

Participam da live de lançamento

Rodrigo Mariano – Kuaray –  Formado em Direito pela Universidade Federal de Santa Maria. Nascido na tekoa Ka’aguy Poty, no município de Planalto (RS). Como estudante, foi o primeiro indígena a ser membro do Diretório Central dos Estudantes da Universidade Federal de Santa Maria (DCE), também primeiro indígena a ser membro do Diretório Livre do Direito (DLD) e fez parte da Comissão Indigena da UFSM. Atualmente compõe a assessoria da Comissão Guarani Yvyrupa (CGY).

Michael Mary Nolan – Advogada, integra a Congregação das irmãs da Santa Cruz, é presidenta do Instituto Terra, Trabalho e Cidadania – ITTC, assessora das Pastorais Sociais e assessora jurídica do Conselho Indigenista Missionário (Cimi) e da Equipe de Articulação e Assessoria às Comunidades Negras (EAACONE). Em 2004, recebeu doutorado honorário de Saint Mary’s College, Notre Dame, Indiana, por seu trabalho em direitos humanos.

Natália Dino – Analista judiciária, atual Diretora Executiva do Departamento de Monitoramento e Fiscalização do Sistema Carcerário e do Sistema de Execução de Medidas Socioeducativas do Conselho Nacional de Justiça. Mestranda em Direito na Universidade de Brasília – UnB. Especialista em Ordem Jurídica e Ministério Público pela Fundação Escola Superior do MPDFT. Pesquisadora vinculada ao Grupo de Pesquisa em Direitos Étnicos da Universidade de Brasília – Moitará/UnB.

Elisa Torelly – Advogada e representante do Coletivo de Advogadas e Advogados de Servidores Públicos (CNASP).

Marcelo Chalréo – Advogado, membro do Conselho Nacional de Direitos Humanos.

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