Eclipse anular solar 2023: pesquisador de Astronomia da UEA explica sobre fenômeno e dá dicas de observação

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O fenômeno poderá ser observado em várias cidades do Amazonas, com diferentes percentuais de cobertura

Um evento raro acontecerá nos céus do Amazonas e em várias partes do Brasil no próximo dia 14 de outubro: o eclipse solar. Para o Amazonas, o fenômeno será do tipo anular, ou seja, o sol ainda permanecerá visível na forma de um anel ao redor da sombra da Lua. Para entender melhor, o coordenador e pesquisador do Núcleo de Ensino e Pesquisa de Astronomia da Universidade do Estado do Amazonas (Nepa/UEA), Dr. Nélio Sasaki, que compartilhou informações valiosas sobre o eclipse solar e forneceu dicas para a observação segura do evento.

O coordenador do Nepa explica que o eclipse solar anular ocorre quando a lua está em uma posição mais afastada da Terra, em sua órbita, fazendo com que seu tamanho aparente seja menor que o do Sol. “Isso resulta em um fenômeno onde a Lua não consegue cobrir completamente o disco solar, deixando visível um anel de luz solar ao redor da borda escura da Lua. É por isso que o chamamos de ‘anelar'”.

Para as cidades amazonenses, uma faixa da luz solar – em forma de anel (ou também conhecido como “anel de fogo”) – se formará ao redor da borda escura da Lua. Por isso, esse tipo de eclipse é denominado anular (ou anelar – em forma de anel).

E a diferença entre eclipse solar anular e total é uma das dúvidas da população. Para o Dr. Nélio Sasaki, tudo é uma questão de perspectiva. “O tamanho relativo da Lua é maior que o tamanho (relativo) do Sol quando a Lua está mais próxima da Terra (perigeu). Caso contrário, quando a Lua está em um ponto mais distante em relação à Terra (apogeu), então o tamanho da Lua se apresenta menor que o tamanho do Sol. No primeiro caso, a Lua consegue cobrir completamente o disco solar. No segundo caso, não. Ficará uma faixa de luz solar, em forma de anel (“anel de fogo”), descoberta. Há ainda um terceiro tipo de eclipse – o parcial. É uma situação intermediária, na qual a Lua só consegue cobrir parcialmente o disco solar”, detalha.

E se você quer observar o fenômeno e não sabe como, o pesquisador da UEA dá algumas dicas. “Evite olhar diretamente para o Sol; Evite usar radiografias (ou mais amplamente chamadas (chapas de raios-X) para acompanhar o eclipse; nunca use óculos de soldador para acompanhar eclipses solares; o instante que requer mais atenção é exatamente no ápice do eclipse; Use óculos especiais para acompanhar eclipses solares (estes têm ISO 12312-2); e use telescópios solares, pois são mais apropriados para acompanhar o evento.

Onde e quando observar o fenômeno?

 

O eclipse solar anular poderá ser observado em várias cidades do Amazonas, com diferentes porcentagens de cobertura do disco solar. Entre as cidades com cobertura do disco solar privilegiada estão Tefé, Alvarães, Uarini e Coari.

Link_Coordenador e pesquisador do Núcleo de Ensino e Pesquisa de Astronomia da Universidade do Estado do Amazonas (Nepa/UEA), Dr. Nélio Sasaki: https://we.tl/t-gnaLe25tH6

 

FOTO: Arquivo Pessoal

Contatos para a imprensa: Assessoria de Comunicação da Universidade do Estado do Amazonas (Ascom/UEA): Carla Yael (98121-4008), Gerson Freitas (98181-1898) e Jacqueline Nascimento (98262-5108).

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