A matéria do Estadão diz que a bandeira joga um custo adicional para os consumidores de R$ 14,20 a cada 100 kWh, enquanto técnicos estimam que o custo adicional das térmicas estaria mais para R$ 25. O atual governo, preocupado com a inflação de dois dígitos, passou a bomba relógio tarifária para o próximo.
Como comentamos ontem, a salgada tarifa elétrica viabilizou projetos de eficiência energética e deu um impulso à instalação de painéis solares em telhados. Denise Luna, no Estadão, conta que as operadoras de telefonia também aceleraram os investimentos em fontes renováveis, já prevendo que a demanda dará um salto por conta da rede 5G. A Oi aumentou a compra de energia renovável no mercado livre e acrescentará mais 19 novas usinas ao parque existente de 14, a maioria de geração fotovoltaica centralizada. Daniel Hermeto, vice-presidente da empresa, diz que a nova estrutura faz a empresa reduzir a conta em 30% e ter mais previsibilidade dos custos.
A expansão da capacidade instalada de geração de eletricidade fotovoltaica passou a marca de 13 GW em janeiro, conforme noticiado pelo Canal Energia. O investimento privado total passou de R$ 50 bilhões, o que permitiu ao país entrar no clube das 15 nações com maior capacidade instalada solar no mundo. A notícia é do site Click Petróleo e Gás.
No final do ano, entrou em operação a maior térmica a cogeração de biomassa. A UTE Bracell, em Lençóis Paulista, tem mais de 400 MW de capacidade e é a maior da categoria. O país tem quase 600 térmicas a biomassa operando com capacidade de quase 16 GW, 9% da total do país. A notícia é do Canal Energia que destacou, não a biomassa, mas a cogeração que inclui as térmicas a gás.
E, por falar em tarifas e geração, o ONS informou que ontem os reservatórios do país estavam com 58% da sua capacidade, e os do Sudeste/Centro-Oeste a pouco mais de 52%. O Canal Energia deu destaque ao enorme reservatório da usina de Tucuruí que, ontem, estava 99,8% cheio, segundo o ONS.
ClimaInfo, 18 de fevereiro de 2022.