Parlamentares também aprovaram pedidos de informação ao Exército. Nesta quinta (24), CPI ainda ouve sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro.
A CPI dos Atos Golpistas aprovou, na manhã desta quinta-feira (24), requerimentos para determinar a quebra de sigilos bancário e telemático da deputada federal Carla Zambelli (PL-SP) e do hacker Walter Delgatti Neto. Também foi aprovada a reconvocação do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Na segunda parte da sessão desta manhã, a comissão ouve o depoimento do sargento do Exército Luís Marcos dos Reis, ex-assessor de Jair Bolsonaro.
Entre os requerimentos aprovados estão:
- Quebra do sigilo telefônico e telemático da deputada Carla Zambelli (PL-SP);
- Relatório de Inteligência Financeira (RIF) da deputada Carla Zambelli;
- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Bruno Zambelli, irmão da deputada;
- Quebra do sigilo telefônico e telemático de Tércio Arnaud Tomaz, ex-assessor de Bolsonaro;
- Quebra dos sigilos bancário, fiscal, telefônico e telemático do hacker Walter Delgatti Neto;
- Reconvocação de Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro;
- Quebra de sigilo telemático, telefônico, bancário e fiscal de Osmar Crivelatti, assessor de Bolsonaro;
- Convocação de Osmar Crivelatti;
- Quebra de sigilo telemático, telefônico, bancário e fiscal de Marcelo Câmara, assessor de Bolsonaro;
- Pedido ao Exército para que forneça processos, sindicâncias e inquéritos instaurados para investigar militares que deveriam ter protegido o Palácio do Planalto.
Ao todo, foram 29 requerimentos para quebra de sigilo e 17 de acesso a Relatórios de Inteligência Financeira (RIFs).
A quebra de sigilos de Carla Zambelli passou a ser defendida depois que ela foi apontada pelo hacker Walter Delgatti Neto, em depoimento à comissão, como responsável por ordenar uma invasão a sistemas do Judiciário.
Zambelli também teria intermediado uma reunião entre Delgatti e o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL), na qual eles teriam discutido como seria possível fraudar o código-fonte das urnas eletrônicas, antes das eleições do ano passado.
A quebra de sigilo foi motivo de bate-boca entre parlamentares da base e da oposição na terça-feira (22). A reunião foi fechada à imprensa, mas foi possível ouvir vários gritos dos parlamentares, em diversos momentos.