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O chanceler da China, Wang Yi, rebateu, nesta segunda-feira (14), declarações do governo de Donald Trump, dos Estados Unidos, e afirmou que os países da América Latina “não são quintal de ninguém”. A declaração foi divulgada pela Embaixada da China no Brasil nas redes sociais. A troca de farpas acontece em meio à guerra comercial entre China e Estados Unidos.
Na última semana, o secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth, se referiu à região como um “quintal” que deveria ser recuperado pelos americanos. Hegseth acusou a China de dominar a América Latina e disse que o governo de Donald Trump deseja retomar a influência norte-americana sobre os países da região, em entrevista ao canal “Fox News”.
“O governo Obama tirou os olhos da bola e deixou a China tomar toda América do Sul e Central, com sua influência econômica e cultural, fazendo acordos com governos locais de infraestrutura ruim, vigilância e endividamento. O presidente Trump disse ‘não mais’! Vamos recuperar o nosso quintal”, disse Pete Hegseth.

Secretário de Defesa dos Estados Unidos, Pete Hegseth. (Foto: Reuters)
Reação da China
Chanceler da China, Wang Yi declarou que os países latino-americanos buscam independência, e não “doutrinas de dominação”. “O que os povos latino-americanos querem é construir seu próprio lar, não ser o quintal de ninguém”, disse.
Chanceler Wang Yi: “O que os povos latino-americanos querem é construir seu próprio lar, não ser o quintal de ninguém. O que buscam é independência, não doutrinas de dominação.” pic.twitter.com/Xa6OeiSkK5
— Embaixada da China no Brasil (@EmbaixadaChina) April 14, 2025
Guerra comercial
Nas últimas semanas, o governo Trump impôs uma série de tarifas a produtos chineses. Pequim respondeu às taxas com as mesmas medidas. Outro ponto de tensão é o Canal do Panamá. Trump tem defendido que os Estados Unidos retomem o controle da área, citando a crescente influência chinesa na região.
A pressão americana levou o governo panamenho a se retirar de um megaprojeto da China conhecido como “Nova Rota da Seda”. A iniciativa promove obras de infraestrutura e cooperação econômica em troca de tentar aumentar a influência chinesa no mundo.
Fonte: ICL Notícias