Candido Jucá, soldado da borracha em ERA UMA VEZ NA AMAZÔNIA. Livro a ser lançado oficialmente no dia 28.12.2022

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Nascido no Rio Tapauá, no Amazonas,  Candido Jucá tornou-se não apenas um soldado da borracha, mas um exemplar pai de familia e um ídolo para os seus.
Com uma história de vida pra lá de inusitada, Candido Jucá foi abandonado por um tia aos seis anos de idade, em Manaus. Começa aí a saga desse verdadeiro super herói amazonense, que no mesmo dia foi adotado por um comerciante português…
A vida de desbravamento de Candido Jucá inclui muitas viagens pelos rios amazonenses e sacrifícios no meio da maior floresta do planeta.
fatos reais que motivaram o filho, Candinho Jucá a escrever um livro em homenagem ao pai.

 

ERA UMA VEZ NA AMAZÔNIA   —  Conta a história de Candido Jucá( Candinho ) pai do autor do livro que durante os anos 1927 a 1946 período da II Guerra Mundial e segundo ciclo da borracha no Amazonas. quando se perdeu de sua tia antes de uma viagem na antiga Manaus, ela viajou assim mesmo deixando o garoto que foi adotado pela família de um senhor conhecido como Portuga. Foi muito humilhado pela esposa de portuga. Candinho cresceu enfrentou grande desafios, mas nunca deixou de sonhar em reencontrar a sua família. Durante a Segunda Guerra se tornou soldado da borracha enfrentou grandes desafios contra os Coronéis de barrancos nos seringais da época que escravizavam seus trabalhadores. Enfrentou feras na mata e índios bravos.
Ação, emoção, aventura, esta presente nesta historia baseada em fatos reais.

 

“Há mais de 10 anos tinha esse sonho. Comecei a escrever, mas nunca terminava. As vezes a situação financeira não permitiu, outras vezes por questões de saúde, enfim. Mas com a pandemia aprovaram a Lei Audi Blank. Foi aí que eu consegui uma pequena ajuda para custear a metade do valor total. O resto foi eu que banquei”, esclarece  Candinho.

Quanto à dificuldade de organizar os pensamentos em um livro, Candinho afirma que precisou se desligar do mundo para poder se concentrar. “A pandemia ajudou a terminar a escrita pois fiquei mais tempo em casa para concluir a historia. Pesquisei muito pra poder escrever. Fui ao museu do seringal, onde conheciam meu pai, busquei na internet, além de tudo que já sabia através dos meus pais. Quando terminei de escrever, fui fazer uma revisão. Me emocionei muito pela historia de vida que meu pai  teve. Assim feito ele,  muitos dos caboclos e nordestinos que vieram na época tambem sofreram. Ele sempre dizia que a história da vida dele dava um filme, um livro… hoje posso dizer que  realizei o sonho dele e tambem o meu. Infelizmente meu pai já não esta aqui, mas onde estiver estará feliz pelo que fiz sobre ele”, finalizou o autor Candinho Jucá.

 

 


SOBRE O AUTOR E ADICIONAIS

Candido Pereira Jucá Filho, nasceu em Manaus no dia 29 de abril de 1959, é formado em Pedagogia e Licenciado e Bacharel em Educação Física, Pós – Graduado em Gestão e Organização Esportiva e Futebol e Futsal. É membro da Associação dos Escritores e Poetas de Careiro – Amazonas – AEPOCAM, fez parte da antologia dos Poemas para ler na Pandemia.  Produziu o roteiro e a história de um filme amador por nome O mistério da trilha. “Era uma vez na Amazônia” é a sua primeira Obra Literária Oficial, baseado em fatos reais vividas por seu pai Candido Pereira Jucá, chamado de Candinho, soldado da Borracha (já falecido).

O enredo é concebido no coração da floresta as margens do rio Tapaúa e Piranha no antigo município de Canutama, hoje Tapaua, e em Manaus na Rua Santa Isabel no centro e Porto de Manaus, além do internato conhecido como Paredão em Manaus e por último a localidade conhecida como Janaucá.

“Era uma Vez no Amazonas”, é uma narrativa em primeira pessoa, o livro está dividido em 11 capítulos, conta a história de Candinho que durante os anos 1927 a 1946 período da II Guerra Mundial e segundo ciclo da borracha no Amazonas. A obra prima em nos reportar a um contexto da selva amazônica (onças e outros) e o selvagerismo humano, acerca de todos os maus-tratos que Candinho sofreu em Manaus, num período que (morou), quando foi adotado pela família de um senhor conhecido como Portuga. Candinho não sabia ler, e sofria preconceito, por ser do interior. Este teve que aprender muito cedo a encarar os problemas da vida, pois não tinha a presença de seus pais que pensavam que ele tinha morrido.

Um dos elementos que marca a vida do personagem é o Rio Negro, e a esperança, pois sempre as margens do rio o menino sonhava em encontrar seus pais, que se perdeu ainda criança. Jucá usa uma linguagem plácida e fantástica de fácil entendimento, típico dos autores brasileiros como Guimarães Rosa, Jorge Amado e do moçambicano Mia Couto, para que o leitor, possa entender e compreender bem o seu contexto do enredo acerca das expressividades das palavras.

Nesta obra é possível percebermos o quanto o personagem…Sofreu, para vencer na vida. Podemos viajar nos idos do período áureo da borracha, no curso do rio negro até o encontro com o porto de lenha em Manaus. É possível conhecer os personagens históricos da época …E ainda compreender os elementos alegóricos presentes na obra como: rio negro…

A vida do personagem Candinho foi toda narrada e descrita pelo autor de maneira que é possível sentir o saudosismo, as cores e movimentos de um período, gravados no látex das seringueiras e nas lagrimas dos caboclos amazônicas, que tanto lutaram para vencer na vida, a partir dos regatões e estradas de seringais.

Ao ler a obra recordei-me de Grande Sertão Veredas de Guimarães Rosas de ———do Jorge Amado e de Vozes anoitecidas, contos de Mia Couto. Assim pude sentir nos poros, a dor do …a alegria de ver o rio…e a felicidade de vencer na vida…Por isso recomendo com muito entusiasmo a leitura de “Era uma vez no Amazonas”.

 

Hosane Henrique Lucas de Souza – Henrique Lucas é Professor, Poeta, Cronista. O Escritor é Graduado em Língua Portuguesa, Pedagogia, Especialista em Língua Portuguesa e Literatura, Mestre em Educação. É membro da Academia de Letras e Cultura da Amazônia – ALCAMA; da Academia de Artes, Ciências e Letras do Brasil – ACILBRAS; e, da Academia Brasileira de Ciências, Artes, História e Literatura – ABRASCI. Autor de das obras poéticas “Braços do Sol” e Meninos de Papel, tem participação em mais 30 antologias. Recebeu as honrarias de Prêmio Caneta de Ouro – FEBACLA – 2019. Medalha do Patrono das Letras e das Ciências do Brasil – 2020. Comenda Príncipe dos Poetas Brasileiros – 2020. Título de Embaixador da Paz – OMDDH – 2020. E, o Título de MELHOR POETA CONTEMPORÂNEO DO ESTADO DO AMAZONAS – ALMEIDA-EDITORIAL – 2020.

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