Brasil terá que mudar sua política ambiental para entrar na OCDE

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Um dos pontos fracos do país está na política de conservação e proteção ambiental, que se reflete no descontrole do desmatamento da Amazônia e em projetos que buscam fragilizar o processo de licenciamento ambiental. O documento também ressalta a concessão de subsídios bilionários a combustíveis fósseis e pesticidas, que correspondem hoje a R$ 11 bilhões anuais, e a falta de avaliação ambiental estratégica nos planos nacionais de energia. A mobilidade urbana e a tímida incorporação de aspectos socioambientais nas políticas públicas desse setor também são apontadas como fraquezas do Brasil.

Falando em política externa, a gestão Carlos Alberto França no Itamaraty comemorou cem dias nesta semana. Como Renato Vasconcelos observou no Estadão, o novo chanceler vem se esforçando para distanciar a política externa brasileira do radicalismo ideológico tacanho de seu antecessor, Ernesto Araújo. A mudança não se resume apenas ao estilo do chanceler: sem o peso do negacionismo de Araújo, o Itamaraty está atenuando o posicionamento do Brasil na questão climática, com mais abertura para o diálogo com outros países.

Em tempo: Do outro lado do mundo, na Indonésia, o Brasil foi apontado como um exemplo negativo no combate ao desmatamento. O governo indonésio comemorou nesta semana a queda de 75% no índice de devastação florestal em 2020 (cerca de 115,4 mil hectares), o nível mais baixo desde 1990, quando o monitoramento começou. O Hypeness citou Arief Wijaya, do escritório do WRI no país, que pediu ao governo que mantenha os esforços de combate ao desmatamento. “Não deixem a gente ficar como o Brasil”, disse Wijaya. “O que a Indonésia alcançou precisa ser mantido pois o potencial de desmatamento massivo ainda existe”.

Brasil meio ambiente OCDE

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