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Brasil tem 3º maior juro real do mundo

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O Brasil ocupa agora o terceiro lugar no ranking global de maior juro real do mundo, depois que o Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central anunciou na quarta-feira (7) a elevação da taxa básica de juros, a Selic, de 14,25% para 14,75% ao ano, um aumento de 0,50 ponto percentual. Os dados são de levantamento da consultoria MoneYou (clique aqui para conferir).

O juro real é formado, entre outros pontos, pela taxa de juros nominal (no caso, a Selic) descontando a inflação prevista para os próximos 12 meses. Assim, os juros reais do país ficaram em 8,65%.

No compilado feito pela MoneYou, que inclui 40 países, o Brasil só fica atrás da Turquia, que registrou uma taxa real de 10,47%, seguida pela Rússia, com taxa real de 9,17%.

Abaixo, a lista completa:

  • Turquia 10,47%
  • Rússia 9,17%
  • Brasil 8,65%
  • África do Sul 6,61%
  • Colômbia 4,68%
  • México 4,43%
  • Indonésia 4,15%
  • Argentina 3,92%
  • Índia 2,66%
  • Filipinas 2,34%
  • Tailândia 1,97%
  • Suécia 1,69%
  • Malásia 1,62%
  • China 1,53%
  • República tCheca 1,44%
  • Hungria 1,39%
  • Israel 1,30%
  • Hong Kong 1,30%
  • Reino Unido 1,25%
  • Cingapura 1,23%
  • Chile 1,15%
  • França 1,06%
  • Austrália 0,95%
  • Estados Unidos 0,40%
  • Coréia do Sul 0,32%
  • Polônia 0,19%
  • Itália -0,01%
  • Suíça -0,13%
  • Nova Zelândia -0,15%
  • Portugal -0,25%
  • Espanha -0,33%
  • Taiwan -0,35%
  • Alemanha -0,37%
  • Grécia -0,46%
  • Bélgica -0,69%
  • Áustria -1,38%
  • Canadá -1,52%
  • Japão -1,92%
  • Dinamarca -2,01%
  • Holanda -2,28%

Argentina, que havia registrado um juro real de 9,35% na última medição da MoneYou — ficando na 2ª posição do ranking de março — caiu para a 8ª posição em maio, com um juro real de 3,92%. O movimento é resultado das quedas na taxa de juros e na inflação do país.

Considerando os juros nominais (sem descontar a inflação), a taxa brasileira permaneceu em quarto lugar. À frente estão Turquia (46%), Argentina (29%) e Rússia (21%).

Juro real: Copom não sinaliza de modo claro os próximos passos na política monetária

No comunicado divulgado com a decisão de ontem, o Copom não sinalizou o que vai ser feito na próxima reunião, marcada para junho. Com o aumento da véspera, a Selic atingiu o maior patamar em quase 19 anos (agosto de 2006).

Como se diz no jargão do mercado, o comunicado não foi nem “hawish” (duro), nem “dovish” (suave).

Mas, embora não tenha sinalizado o que fará, o comunicado do Copom trouxe alguns recados que podem direcionar as expectativas sobre o futuro da taxa.

Em um dos trecho, o BC retirou a frase do comunicado da reunião anterior, de março, que dizia que o ambiente de projeções e expectativas de inflação longe da meta demandava uma política monetária “mais contracionista” para alcançar a meta. Dessa vez, incluiu que esse cenário prescreve “uma política monetária em patamar significativamente contracionista por período prolongado”. Cita, também, que o cenário demanda “cautela”.

No documento foram citados fatores “altistas” e “baixistas” para a Selic, mas não há indicativo de qualquer ajuste nem para cima, nem para baixo. Porém, neste comunicado o BC retirou a menção a uma assimetria altista, ou seja, a uma maior chance de a inflação ficar ainda maior do que em seu cenário base, de 3,6% no fim de 2026 – ainda longe da meta de 3,0%.

De modo geral, foram citadas a conjuntura externa, particularmente a guerra tarifária deflagrada pelo presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e a doméstica, especialmente a política fiscal brasileira.

Principalmente devido às incertezas geradas na economia global com a guerra comercial de Trump, o Copom preferiu não dar sinais.

Resta esperar a ata da reunião para saber se o colegiado dará algum sinal sobre o futuro da política monetária.

Apesar disso, no entendimento de especialistas, pode-se depreender pelo que foi escrito que o BC pode parar de aumentar os juros. No último Boletim Focus do BC, que traz previsões de mais de cem analistas do mercado financeiro, a mediana aponta redução de 15% para 14,75% para a taxa Selic no encerramento de 2025.

Para ler a íntegra do comunicado, clique aqui.





Fonte: ICL Notícias

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