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Brasil quer ‘vaga’ dos EUA no ramo de carne bovina à China

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O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou nesta quinta-feira (17) que o Brasil vai se colocar à disposição da China para “substituir” os Estados Unidos no comércio de carne bovina. Segundo Fávaro, a guerra comercial entre Estados Unidos e China não é motivo de comemoração, mas gera oportunidades para o mercado exportador brasileiro.

A fala de Fávaro acontece depois de um ato do governo chinês que, em meio ao avanço da guerra tarifária americana, retirou a autorização de quase 400 plantas frigoríficas dos EUA para vender carne bovina à China.

Diante disso, o Brasil vê uma oportunidade. “Alguém vai precisar fornecer essa carne, que era fornecida pelos norte-americanos. O Brasil se apresenta, com muita vontade e capacidade, e tenho certeza que vamos saber ocupar esse espaço e ser um grande fornecedor”, disse Fávaro à imprensa.

Ao ser questionado se o Brasil tem estrutura para substituir totalmente os EUA no mercado de carne bovina chinês, Fávaro disse que o país “não pode ter essa pretensão”.

Porém, afirmou que, “sem sombra de dúvida”, o Brasil é um dos “pouquíssimos” países do mundo capazes de expandir a área produtiva em dezenas de milhões de hectares. “Certamente, gradativamente, o Brasil será a segurança alimentar. Não só para a China, mas para todos os países do mundo”, disse.

Além da China, o Brasil também negocia a ampliação de venda de proteína animal a outros países, como o Japão. Em março, o presidente Lula (PT) visitou o país, ocasião em que acordo nesse sentido foi firmado.

“Por óbvio, queremos ampliação com a China. Acho que, diante da não reabilitação de quase 400 plantas nos EUA, eles vão precisar se decidir, e vamos nos apresentar”, declarou.

Carne bovina: Brasil deve se reunir com a China na próxima terça (22)

Fávaro disse que representantes da alfândega chinesa devem se reunir com o governo brasileiro na próxima terça-feira (22), para tratar da ampliação comercial entre os países, além de debater a adoção de protocolos conjuntos.

Em maio, o presidente Lula viaja à China, onde se encontrará com o presidente Xi Jinping. O mandatário brasileiro deve colocar a ampliação comercial como uma das pautas das agendas na China.

As declarações do ministro ocorreram em um dos intervalos de uma reunião entre ministros de Agricultura do Brics (fórum internacional originalmente formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul).

No encontro, que ocorre no Palácio do Itamaraty, em Brasília, os ministros devem concluir e divulgar uma declaração conjunta, que abrangerá compromissos do bloco com a agropecuária, o desenvolvimento sustentável e um plano de ação para os próximos quatro anos.

Fávaro enfatizou que, embora o encontro não tenha sido convocado em razão do “tarifaço” norte-americano, parte das discussões foi sobre mecanismos para que os países do Brics superem obstáculos criados por barreiras comerciais e protecionismo.

Um dos pontos tratados e defendidos em consenso pelo bloco, afirmou o ministro, é a necessidade de ampliar o comércio de produtos agropecuários intrabloco.

“Por óbvio, isso nos motiva ainda mais para o fortalecimento desse bloco geopolítico. A afronta neste momento, por parte do governo norte-americano, e um protecionismo sem precedentes certamente nos induz ao fortalecimento do bloco e buscar novas oportunidades”, disse o ministro.

 





Fonte: ICL Notícias

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