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Bolsonarismo apela para ‘cavalo de Tróia’ em convocações para atos

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As primeiras indicações de um volume acima do ordinário ao dia “16 de março” estão em 23 de janeiro. A partir dali, o bolsonarismo iniciou uma série de movimentações para tentar fomentar convocatórias para atos públicos que se dividem entre a defesa de Jair Bolsonaro, pedidos de anistia e uma série de conflitos internos ao campo de extrema-direita.

Menções ao 16 de março (com foco em Copacabana) no X ao longo do ano de 2025.

Ao longo das últimas semanas, no entanto, o que observamos foi um padrão bem atípico se considerarmos convocatórias bolsonaristas anteriores. Sem gerar um pico extraordinário no volume de menções até aqui, o campo de extrema-direita viu o volume de menções arrefecer drasticamente no início de março, recuperando apenas um pouco da força nos últimos dias. Ainda assim, na véspera do ato o volume de menções ainda não chega sequer ao registrado, por exemplo, na segunda quinzena de fevereiro.

Aqui podemos correlacionar o tema com um ponto importante: a denúncia da PGR contra Jair Bolsonaro e dezenas de outros bolsonaristas pela tentativa de golpe de estado. O gráfico acima mostra que após a denúncia feita no dia 18 de fevereiro o volume de menções ao ato cai consideravelmente nos dias que sucederam o episódio.

Termos mais citados nas convocações para o ato de 16 de março entre bolsonaristas: uma cacofonia que reúne Lula, Bolsonaro, anistia, impeachment e “defesa da liberdade”

Outro ponto interessante é a dificuldade em delimitar uma pauta central que aproxime os diferentes clusters que compõe a oposição atualmente. Ao longo do último mês foi possível registrar uma cacofonia de temas que partiram inicialmente do pedido por anistia aos golpistas, tentou abraçar a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e também “surfar” em temas que atingissem o governo federal, como um pedido de impeachment em determinada altura. Ainda assim, a abordagem bolsonarista não apresenta nas redes sociais qualquer caráter viral ou indício de que tenha conseguido, por essa estratégia, dialogar com outros agrupamentos para além do próprio bolsonarismo.

Assim, as próximas 24h possivelmente apresentarão um campo coesa, mas reduzido ao tentar utilizar o antipetismo como um cavalo de Tróia e a pauta da anistia dos golpistas para a defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro. Apesar do esforço, a defesa de Bolsonaro não parece ser nesse momento o ponto central de aglutinação do bolsonarismo, muito menos da oposição como um todo.

 



Fonte: ICL Notícias

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