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BC vê efeito positivo do novo consignado

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A ata da última reunião do Copom (Comitê de Política Monetária) do Banco Central, divulgada nesta terça-feira (13), aponta a reformulação do crédito consignado como algo positivo para a economia e, especialmente, para a redução dos juros.

Batizado de programa Crédito do Trabalhador, a iniciativa passou a ser oferecida em 21 de março nas redes bancária pública e privada a trabalhadores com carteira assinada, inclusive rurais e domésticos, além de empregados de inscritos como MEI (Microempreendedor Individual).

As contratações dentro do novo modelo de crédito já movimentaram cerca de R$ 10 bilhões. Entre 60% e 70% do montante concedido é usado para renegociação de dívidas.

Trecho da ata diz que, “condizente com o cenário atual de aperto de condições financeiras e elevação de prêmio de risco, o crédito bancário tem apresentado inflexão, com elevação de taxa de juros, menor apetite ao risco na oferta de crédito e redução no ritmo das concessões de crédito”.

“O Comitê incorporou em seu cenário-base algum impacto das alterações no consignado privado sobre o crescimento, mas majoritariamente por meio de uma elevação de renda disponível a partir da troca de dívidas, o que tem efeito mais comedido sobre a projeção agregada. Ainda há muita incerteza sobre qual será o efeito total do programa, que ainda se encontra em período inicial, então o Comitê acompanhará os dados atentamente para refinar os impactos estimados sobre o mercado de crédito e sobre a atividade”, prossegue.

Por fim, o colegiado escreve na ata que “tal medida não deve ser interpretada como medida cíclica e representa, possivelmente, uma alteração estrutural no mercado”.

Inicialmente oferecido pelo app da Carteira de Trabalho Digital (CTPS Digital), desde 25 de abril os grandes bancos passaram a ofertar a modalidade de crédito em suas próprias plataformas.

Especialistas avaliam que o novo modelo de consignado é um avanço em termos de qualidade do mercado de crédito, por ampliar o acesso da população a empréstimos mais baratos.

Por outro lado, ponderam que a novidade pode aumentar o saldo de crédito, estimulando a economia, em um momento em que o BC tenta brecar o crescimento enquanto persegue o cumprimento da meta de inflação de 3,0%, podendo oscilar entre 1,5% (piso) e 4,5% (teto).

Copom defende política fiscal e monetária em harmonia

Em um dos trechos da ata, o Copom fez menção à política fiscal, afirmando que a condução das contas públicas foi um “estímulo significativo” para a atividade econômica nos últimos anos.

“Um estímulo significativo nos últimos anos adveio da política fiscal. O Comitê avalia que uma política fiscal que contribua para a redução do prêmio de risco e atue de forma contracíclica contribui para a convergência da inflação à meta. Além disso, a percepção dos agentes econômicos sobre o regime fiscal e a sustentabilidade da dívida segue tendo impacto sobre os preços de ativos e as expectativas dos agentes”, diz o trecho.

Na sequência, diz que o colegiado “segue utilizando a política fiscal como insumo em sua análise e, dada a política fiscal corrente e futura, adotará a condução de política monetária apropriada para a convergência da inflação à meta”.

Por fim, o colegiado defende que as “políticas devem ser previsíveis, críveis e anticíclicas. Em particular, o debate do Comitê evidenciou, novamente, a necessidade de políticas fiscal e monetária harmoniosas”.





Fonte: ICL Notícias

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