Antidiplomacia de Bolsonaro preocupa agronegócio

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O uso feito por Bolsonaro da exportação de madeira ilegal como contra-argumento às críticas de países europeus sobre a política ambiental foi um tiro de canhão no pé. Ao invés de jogar a responsabilidade sobre o desmatamento da Amazônia no colo dos consumidores estrangeiros, ele acabou evidenciando ainda mais a incompetência de seu governo. Pior: intensificou o azedume diplomático entre o Brasil e a Europa.

No G1, Gerson Camarotti destacou o alerta feito por um importante empresário do agronegócio para os efeitos econômicos do discurso negacionista: “O governo Bolsonaro perde cada vez mais credibilidade na área ambiental. Resultado: crescem boicotes aos produtos brasileiros na Europa, acordos comerciais em andamento começam a sofrer resistência”.

Já no Valor, Assis Moreira repercutiu a reação negativa do governo alemão às acusações de Bolsonaro. O ministério da agricultura daquele país afirmou que a insinuação é enganosa, já que o volume de madeira importada do Brasil o é em “quantidade extremamente baixa”, além de afirmar que a responsabilidade pelo cumprimento da legislação ambiental brasileira cabe ao governo do Brasil. Já a pasta de meio ambiente da Alemanha aproveitou a polêmica para defender regras mais duras para a importação de produtos associados a atividades agrícolas ilegais.

Em tempo: O Fakebook.eco analisou o festival de falsidades do discurso de Bolsonaro na cúpula do G20 no domingo (22/11). Como de costume, o presidente recorre ao realismo fantástico para esconder sua incompetência e omissão quanto ao meio ambiente.

Bolsonaro madeira ilegal repercussões

ClimaInfo, 24 de novembro 2020.

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