Andropausa pode ser tratada com reposição hormonal e acompanhamento médico periódico

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Mais comum a partir dos 50 anos, o Distúrbio Androgênico do Envelhecimento Masculino (DAEM), também conhecido como andropausa, é causado pela queda na produção da testosterona (hormônio sexual masculino produzido nos testículos) e vem acompanhado de sintomas como irritabilidade, insônia, fraqueza muscular, perda de massa, aumento da gordura corporal, dificuldade na relação sexual e perda da libido, podendo comprometer a qualidade de vida de quem a desenvolve e levar à depressão e ao isolamento social.

 

O cirurgião uro-oncologista da Urocentro Manaus, Dr. Giuseppe Figliuolo, explica que, neste caso, a reposição hormonal pode ser indicada, minimizando os efeitos da alteração e garantindo inúmeros benefícios.

De acordo com ele, a andropausa está para os homens, como a menopausa está para as mulheres. Apesar de ser mais comum a partir da quarta ou quinta décadas de vida, a andropausa pode acometer indivíduos mais jovens, de forma precoce, causando mal-estar e insegurança. “A maioria dos homens nota as alterações, mas não procura ajuda médica, a não ser quando o quadro compromete, por exemplo, o desempenho sexual com mais frequência. Ainda assim, apenas uma minoria sabe que existe tratamento que leva a uma vida plena, a partir da redução dos sintomas”, explica o especialista.

 

A andropausa tem como principais fatores de risco, além do envelhecimento natural do corpo, as doenças crônicas ou relacionadas com o sistema imune, obesidade, sedentarismo, distúrbios da tireoide, diabetes, doenças renais e do fígado, AIDS, estresse, apneia obstrutiva do sono, disfunções testiculares e alguns medicamentos.

 

“Inicialmente, nota-se uma variação de humor e cansaço fora do comum como os primeiros sintomas da andropausa. Mas, a elevação do colesterol e o desenvolvimento da obesidade, são sinais mais evidentes de que algo está errado. O diagnóstico é feito a partir de exame de sangue, cujo resultado apontará os níveis hormonais e as funções endócrinas do paciente. Em um segundo momento, também podem ser necessários exames de imagens, avaliações cardiovascular, respiratória e neurológica como complemento para o apoio ao diagnóstico”, explicou Figliuolo.

O principal tratamento, no caso de sintomas mais evidentes, é a reposição hormonal masculina à base de testosterona, que pode ser feita a partir da utilização de um gel adquirido com prescrição médica (transdérmica), por via oral, ou, de injeções intramusculares, para os casos de maior déficit hormonal – neste último caso, a indicação é que seja feita a cada 15 dias. O objetivo é normalizar os níveis de testosterona no organismo. Além do hormônio, pode ser necessária a utilização de suplementação de vitamina D.

 

O tratamento é contraindicado para homens com suspeita de câncer de próstata, apneia do sono severa e com hiperplasia prostática benigna. Por isso, antes da prescrição da reposição, é recomendável a realização da dosagem do PSA e do exame de toque retal.

 

“A dosagem de testosterona feita como forma de reposição hormonal, sem exageros, garante a manutenção de bons níveis de testosterona. Aliada a uma dieta rica em vegetais, como crucíferos, como brócolis, rúcula, couve, e todos os outros dessa família, traz resultados ainda mais satisfatórios. Mas, é importante frisar que, quem faz uso de reposição hormonal, deve ter acompanhamento médico periódico”. Os especialistas indicados, neste caso, são: urologista ou endocrinologista.

Sintomas primários e secundários

• queda na libido
• disfunção erétil
• depressão e variação de humor
• aumento na porcentagem de gordura corporal
• quadros de osteoporose
• cansaço e baixa energia
• insônia
• diminuição da sensação de bem-estar geral
• infertilidade
• baixa densidade mineral óssea

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